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Vale confirma para maio início das obras da Ferrovia de Integração para MT

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, confirmou que as obras da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO), ligando Água Boa aos trilhos da Ferrovia Norte-Sul, na altura de Mara Rosa, em Goiás, devem começar entre os meses de maio e junho. Durante reunião com os senadores Wellington Fagundes (PL-MT) e Jayme Campos (DEM-MT), ele disse que todos os procedimentos estão sendo adotados pela Companhia Vale do Rio Doce para início dos trabalhos.

Reprodução

Autoriza��o FICO

A ANTT autorizou o início das obras da FICO, para escoar grãos

Segundo Tarcísio, o contrato de autorização das obras já foi assinado, em dezembro, entre a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a empresa Vale e a Valec Engenharia Construções e Ferrovias S.A. A Valec é uma empresa pública que detém a concessão da futura ferrovia. Na primeira fase, a ligação ferroviária terá uma extensão de 348 quilômetros.

Coube à estatal elaborar os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA); o projeto básico, que indica o traçado que a linha férrea deverá percorrer; e obter a licença de instalação junto ao Ibama, que permitiu a execução da obra. Em reunião com o presidente da Valec, o senador Wellington Fagundes, cobrou medidas para reduzir os impactos sociais sobre as comunidades na região de influência dos trilhos.

A FICO será responsável pelo escoamento de grãos de soja e milho da região do Vale do Araguaia até a Ferrovia Norte-Sul, abrindo mais uma alternativa de transporte. No projeto da ferrovia, estão previstos dez pátios de cruzamento, um pátio de formação de trens em Mara Rosa (GO), dois pátios de carga e descarga, sendo o primeiro localizado em Nova Crixás/GO e o segundo em Água Boa.

A implementação das obras da FICO se dará por meio de investimento cruzado como contrapartida pela prorrogação antecipada da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). Cerca de R$ 2,73 bilhões do valor de outorga serão investidos pela companhia na construção.

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O senador Wellington Fagundes esteve em reunião com ministro para cobrar ferrovias

 

Avanço da Ferronorte

O plano estratégico de ferroviária no Estado, segundo explicou Wellington, já tem assegurado a extensão da Ferronorte para Cuiabá e depois até Lucas do Rio Verde. A autorização para a Rumo dar início aos trabalhos depende de aprovação do novo Marco Legal das Ferrovias, cujo projeto deve ser votado no próximo dia 24, no Senado.

“Eu não tenho dúvidas de que o grande sonho do povo mato-grossense, que é a chegada da ferrovia até Cuiabá e depois avançar sobre as regiões de produção e processamento industrial do Estado, será concretizado”, frisou Fagundes.

Além disso, o Ministério da Infraestrutura trabalha para viabilizar a Ferrogrão. Essa ferrovia vai ligar Sinop a Miritituba, no Sul do Pará.

 

RDNews

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Centro-Oeste -Ibama dá licença de instalação para nova ferrovia

Obras poderão começar no próximo ano em trecho que deve movimentar 13 milhões de toneladas úteis e criar 116 mil empregos. Plano ambiental determina preservação da fauna e da flora (29/09/20).

O projeto da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), entre Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT) recebeu licença de instalação, nesta terça-feira (29/09/20), pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Com isso, as obras, do ponto de vista ambiental, estão aptas a serem iniciadas, a partir do próximo ano. O trecho de 383 km vai interligar o Vale do Araguaia, região produtiva e em desenvolvimento do Mato Grosso, com a Ferrovia Norte-Sul, favorecendo o escoamento da safra aos portos de Santos (SP), de Itaqui (MA) e, no futuro, de Ilhéus.

No total, o empreendimento conta com obras, que serão realizadas pela Vale em 12 municípios. O projeto será financiado por meio de investimentos cruzados, a partir da outorga da prorrogação antecipada do contrato da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM). A estimativa é de que sejam investidos R$ 2,73 bilhões nas obras.

“Trata-se de uma grande notícia! Conseguimos a licença de instalação do Ibama para a Ferrovia de integração do Centro-Oeste (FICO). Já podemos começar as obras em 2021, ligando o Vale do Araguaia (MT/GO) à Norte-Sul”, escreveu. A ferrovia, segundo Tarcísio, vai passar pelas cidades de Cocalinho e Água Boa, em Mato Grosso. Já em Goiás, ela vai cruzar os municípios de Mara Rosa, Alto Horizonte, Nova Iguaçu de Goiás, Pilar de Goiás, Santa Terezinha de Goiás, Crixás, Nova Crixás e Aruanã.

.”Com a licença de instalação, poderemos iniciar as obras já no ano que vem. Assim, a Fico começa a se tornar realidade. Mais uma ferrovia do nosso programa que sairá do papel”, comemorou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Em 2025, a ferrovia será capaz de movimentar cerca de 13 milhões de TU (toneladas úteis). A previsão é que, ao longo do contrato de concessão, sejam gerados 116 mil empregos, entre diretos, indiretos e efeito-renda.

O Ibama estabeleceu uma série de demandas, contidas no Plano Básico Ambiental. As exigências incluem programas voltados para flora, fauna, gerenciamento de resíduos sólidos, monitoramento da qualidade da água, plantio compensatório e prevenção a queimadas, por exemplo.

No projeto da Fico, segundo o Ministério da Infraestrutura (MInfra), nenhuma unidade de conservação é interceptada. O traçado licenciado é 1,4 km distante das unidades de conservação mais próximas à ferrovia. Além disso, o trecho não intercepta nenhum assentamento. “Também não abarca nenhuma terra indígena ou comunidade remanescente quilombola dentro ou fora da Amazônia legal”, informou a pasta.

 

Convênio com o BID

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o MInfra assinaram convênio de Cooperação Técnica para apoiar o desenvolvimento de projetos ferroviários. Serão desenvolvidos instrumentos para a análise preliminar de projetos, a fim de estimular a otimização e melhorias no sistema de transporte ferroviário. Com a modernização dos ativos, espera-se atrair ainda mais a atenção dos investidores.

“A cooperação técnica firmada com o BID nos ajudará muito na melhoria regulatória das concessões ferroviárias e, mais uma vez, demonstra o nível de confiança do mercado na atual gestão do Governo Federal, através do Ministério da Infraestrutura”, afirmou a secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do MInfra, Natália Marcassa. “A partir desta parceria e dos recursos que receberemos do BID, será dado mais um importante passo para o fortalecimento do modal ferroviário. Essa é uma iniciativa fundamental para avançar com o equilíbrio da nossa matriz de transportes”, destacou.

Serão desembolsados US$ 450 mil para a iniciativa, que também envolve a análise de instrumentos financeiros alternativos para fomentar projetos ferroviários de infraestrutura greenfield (aqueles em que não se conta com estruturas pré-existentes) e brownfield (projetos que se somam a algo já existem e podem envolver a reforma ou demolição de estruturas). Além disso, abrange análise de estudos de demanda existentes e avaliação de riscos para a sustentabilidade socioeconômica dos sistemas existentes, estudos de impacto de projetos ferroviários de cargas ou passageiros, revisão da regulamentação federal, bem como workshops e eventos para promover a troca de experiências.

“Queremos ajudar o Brasil a fazer mais com menos e sabemos que o setor ferroviário pode não somente impulsionar a economia, gerando empregos e reduzindo custos logísticos, mas também contribuir para a redução da emissão de gases de efeito estufa”, avaliou o representante do BID no Brasil, Morgan Doyle.

Água Boa News

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