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Dólar compensa queda nas cotações dos grãos, analisa Cogo

"Nosso recado é que adiantem as vendas antecipadas, mas sempre com rédeas, fazendo compra de insumos na mesma proporção", sugere o especialista

Os preços da soja e do milho tiveram quedas contínuas no mercado externo. Mas, segundo a consultoria Cogo Inteligência em Agronegócio, os preços ainda estão em patamares elevados e a safra pode ficar acima do esperado com a melhora do clima nos EUA e a queda do dólar.

“Há várias questões pontuais em termos de infraestrutura logística que prejudicaram a safra em Louisiana, Mississipi, Nova Orleans e Golfo do México, que embarca 60% da safra americana, então essa é mais uma pressão momentânea junto com a eminência da chegada de uma nova safra, provavelmente acima do esperado inicialmente pelo USDA”, analisa o diretor da consultoria, Carlos Cogo.

O especialista também cita a queda do preço do petróleo, de US$ 65 para US$ 61 o barril, que influencia os preços do biodiesel. “É uma combinação de fatores que levou o mercado de soja a perder o patamar de US$ 13 por bushel, que era praticado em março, para US$ 11,97 em julho”, observa Cogo.

No mercado futuro, a cotação do dólar vem crescendo, de acordo com análise do consultor. De R$ 5,27 em março de 2022, para R$ 5,75 em março de 2023 e R$ 6,44 em julho de 2024. “Boas oportunidades de negócio surgem em função disso”, indica Cogo, que prevê os preços da saca de soja nas regiões Sul e Sudeste, por exemplo, também em crescimento: R$ 147,21 (março/22), R$ 153,50 (mar/23) e R$ 165,72 (jul/24).

“Alguns produtores estão aproveitando isso, especialmente no Centro-oeste, mas não no só: a alta do dólar que vem compensando a queda das cotações em Chicago”, explica o analista. “Nosso recado é que façam isso, adiantem as vendas antecipadas, mas sempre com rédeas, fazendo uma contrapartida de aquisição ou programação de compra de insumos na mesma proporção que se faz a venda da soja”, conclui.

 

Canal Rural

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