A partir de abril, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deve entregar ao Ministério da Saúde seis milhões de doses da vacina de Oxford/Astrazeneca contra a covid-19. A medida foi anunciada nesta última quarta-feira (17/03/21).
O anúncio foi feito pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, em companhia do atual ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Nísia comentou que, hoje, foi entregue 1,08 milhão, e que até o fim do mês de março ainda serão enviadas mais doses, totalizando 3,8 milhões.
Em abril, serão produzidas mais de 20 milhões de doses por mês. “Serão entregas semanais, acordadas com o Programa Nacional de Imunização, sob a coordenação da Secretaria de Vigilância em Saúde”, disse Nísia.
Pazuello disse que, hoje, o Brasil tem capacidade de fabricar o ingrediente farmacêutico ativo (IFA), principal insumo das vacinas contra o novo coronavírus. “Está pronto isso, não tem porque não dizer isso. Seremos submetidos a uma análise da Anvisa para as boas práticas de fabricação de IFA”, declarou. Segundo o ministro, porém, somente em maio começarão a serem feitos os lotes-piloto e os ajustes. Por ora, a Fiocruz fabrica o imunizante com IFA importado.
A produção em massa também será possível porque, na semana passada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou o registro definitivo da vacina de Oxford. Desta forma, a vacina hoje não tem apenas a permissão emergencial.
Troca
Pazuello será substituído a qualquer momento pelo novo ministro, Marcelo Queiroga, que também esteve presente na cerimônia desta quarta-feira (17). A troca se deu porque o presidente Jair Bolsonaro procura alguém que trate da doença de forma direta. Queiroga é cardiologista, e Pazuello não tem formação relacionada à saúde.
Embora de perfis diferentes, os trabalhos devem ser semelhantes. É o que pregam Querioga, Pazuello e Bolsonaro.
Jornal de Brasília