
José Carlos Pedreira de Freitas, coordenador executivo da Liga do Araguaia concedeu entrevista ao Agro + falando sobre a entidade. A entidade surgiu a partir de 2.014/2.015, por iniciativa do Grupo Roncador, reunindo agropecuaristas do Araguaia.
O foco deles é diferenciar a produção da agropecuária trazendo para as fazendas um processo permanente de melhoria contínua de intensificação da pecuária de corte na região. Atualmente, 6 projetos estão acontecendo em 11 municípios, com foco na redução da emissão de gases do efeito estufa. A Liga do Araguaia entende que a renovação constante das pastagens nas fazendas ajuda a remover o gás carbônico da atmosfera, mantendo ele no solo. Isso demonstra segundo pesquisas da Embrapa, que a pecuária brasileira tem capacidade de reduzir a emissão dos gases que causam o efeito estufa.
Instrumentos de gestão produtiva e de boas práticas de carbono são aliadas importantes dos fazendeiros da Liga do Araguaia. Freitas ressalta que a entidade está utilizando essas ferramentas na gestão das fazendas, produzindo com sustentabilidade.
Para Freitas, a bola da vez é a pecuária brasileira que tem capacidade de produção intensiva, buscando alternativas por meio do consórcio com a agricultura, para mitigar esse mal.
O gás metano é um dos principais causadores do efeito estufa (aquecimento global). A Liga do Araguaia formata parceria com o IPAM – Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia, um projeto de compensação financeira pelo excedente de reserva legal, já que muitos produtores mantem áreas excedentes de matas.
Segundo José Carlos, tais áreas excedentes prestam ótimo serviço ambiental. Mas ele quer que o produtor receba recursos por manter tais áreas com vegetação natural, pois se trata de um serviço ambiental que contribui no regime de águas e na biodiversidade como um todo.
Hoje a Liga tem 149 mil hectares de pastagens sendo monitoradas pelos projetos ambientais em uma região com 137 mil cabeças de gado.
Por :Inácio Roberto