A adolescente de 14 anos, que foi apreendida suspeita de matar o enteado dela, de 4 anos, em Nova Ubiratã (MT), foi solta nesta segunda-feira (27/03/23). Segundo o delegado da Polícia Civil, responsável pela investigação, Bruno França, as provas indicam que a confissão da adolescente não se sustenta.
De acordo com a Polícia Civil, ela apresentou três versões enquanto era conduzida à delegacia. Antes de admitir o crime, ela afirmou que um homem tentou cometer violência sexual contra ela e matou o menino.
Depois, disse que a criança teria cometido suicídio e, ao ser questionada novamente, confessou o crime e contou que matou a criança por ela ser “muito arteira”.
“A investigação não pode ser guiada apenas pelo depoimento da adolescente. Por isso, a Polícia Civil está fazendo diligências para apurar todos os fatos, como ocorreram, enfim, a dinâmica do crime que vitimou essa criança para chegar ao completo esclarecimento do homicídio”, afirmou o delegado.
Rede da Notícia
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O CASO
MT- Madrasta de 14 anos confessa e diz que matou enteado por ser “arteiro”
A madrasta de 14 anos contou a Polícia Civil que matou o enteado de 4 anos, porque o menino seria muito arteiro. A criança foi assassinada a facadas e morreu na ambulância no colo da avó. O crime aconteceu na sexta-feira (24/03/23), no Distrito de Entre Rios, município de Nova Ubiratã (476 km de Cuiabá). A menor foi ouvida neste sábado (25) pelo delegado responsável pelo caso, Bruno França.
A adolescente contou duas versões diferentes do caso para justificar a morte do menino, mas depois confessou o crime. Ela foi apreendida e autuada em flagrante por ato infracional análogo ao crime de homicídio.
De acordo com a Polícia Civil, o menino tinha perfurações de faca no peito e no braço, estava sendo socorrida para uma unidade de saúde no município de Nova Ubiratã. A equipe médica ainda tentou manobra de ressuscitação, mas a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no colo da avó.
Antes de admitir o crime a menor apresentou duas versões do caso: a primeira alegando que um homem teria tentado cometer violência sexual contra ela e matado a criança, identificada como Jefferson Miguel; a segunda dizendo que a vítima teria cometido suicídio. Mas depois disse que matou porque o menino era muito bagunceiro.
Mesmo após a menor ter confessado o crime, outras pessoas ainda serão ouvidas na Delegacia de Nova Ubiratã, entre elas o pai da criança.
“A investigação não pode ser guiada apenas pelo depoimento da adolescente. Por isso, a Polícia Civil está fazendo diligências para apurar todos os fatos, como ocorreram, enfim, a dinâmica do crime que vitimou essa criança para chegar ao completo esclarecimento do homicídio”, destacou o delegado Bruno França.
O procedimento do flagrante foi encaminhado ao Ministério Público, a quem compete representar pela internação da adolescente.