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Milho: veja o que pode mexer com o preço da saca nessa semana

Crise na Ucrânia ainda pode influenciar movimento das cotações, de acordo com avaliação da Safras & Mercado; confira as dicas de analista

Além de aguardar a divulgação do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), nesta quarta-feira (09/02), o mercado de milho também pode ser influenciado pela crise na Ucrânia.

No cenário interno, as cotações estão relativamente estáveis, com a colheita lenta da soja. E a importação do cereal não parece viável ainda neste semestre.

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da consultoria Safras & Mercado Paulo Molinari.

  • Mercado está muito concentrado no relatório do USDA do próximo dia 9;
  • Correção para baixo das importações pela China e aumento na demanda no segmento de etanol nos
  • Estado Unidos são pontos importantes para o milho;
  • Ajustes nas produções de Brasil e Argentina podem influenciar preços na semana após o relatório do USDA;
  • A situação da crise da Ucrânia ainda pode influenciar o mercado de trigo, com consequências para o milho;
  • A alta da soja deixa essa competitividade mais agressiva para ganhar áreas de milho no próximo plantio nos EUA. Esse fator pode ser considerado sustentador dos preços do cereal no médio prazo;
  • A combinação entre a alta de juros e a variação do dólar ao longo do ano é ruim para preços de commodities;
  • O mercado interno está relativamente estável. Com colheita lenta da soja, muitos produtores vendem um pouco de milho para fazer caixa, segurando preços regionais;
  • A região Sul segue com preços próximos a R$ 100 a saca; no Sudeste, a cotação vai R$ 90 a R$ 97; e em Goiás, de R$ 85 a R$ 90;
  • A importação está longe de se tornar uma realidade no primeiro semestre. O custo atual está em torno de R$ 100 a R$ 102 no porto; com a soma de tributos e de frete interno, a importação ainda se torna inviável;
  • A Argentina limitou em 25 milhões de toneladas a exportação de 2022 e vai avaliar perdas de produção;
  • O mercado interno brasileiro deve acentuar as dificuldades no milho na medida em que a soja e sua logística complique o cereal;
  • O plantio da safrinha avança no plantio em todas as regiões. Mas há um longo caminho para atender o abastecimento até sua entrada no mercado, em julho.

 

 

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