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MT- Antônio Joaquim admite lavagem de dinheiro ao ter iniciado rebanho em sua fazenda quando era conselheiro do TCE

Encurralado e endiabrado pela Polícia, Ministério Público e Justiça Federal, conselheiro afastado por corrupção do TCE de Mato Grosso, cai no ‘fundo do poço’ e em uma longa entrevista que o Página 12 teve acesso, ele admite que nunca foi rico e iniciou a comprar gado há 12 anos atrás(2017)

Se as dezenas de provas materiais, vídeos e áudios continuarem a ser revelado pela Polícia, Ministério Público, Justiça e imprensa, do conselheiro afastado por corrupção do Tribunal de Contas de Mato Grosso, Antônio de Moraes Rodrigues Neto, as denúncias vai levá-lo aonde ele não quer ir. E aonde, com certeza, seus amigos mais leais não vão querer que ele vá.

Mas, paciência tem limite!

A verdade é que Mato Grosso descobriu tarde o lado ‘obscuro’ e voltado para o crime do goiano Antônio Joaquim, indicado pelo ex-governador Dante de Oliveira(já falecido) a uma das vagas de Conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso, mesmo sem ter qualificação para isso.

Antônio Joaquim – em vinte anos no TCE – conseguiu arrecadar ilegalmente milhões e milhões de dinheiro público e aplicar em imóveis, fazendas e plantel de gado.

A revelação foi feita pelo próprio Antônio Joaquim em uma entrevista inédita para o canal de TV paga – canal do boi – no dia 03 de Julho de 2017 e que mostra os maiores criadores de gado de raça do país.

Entre eles encontra-se, Antônio Joaquim, o conselheiro, como é chamado no setor produtivo de gado de raça Nelore. A raça criada por Joaquim é a – de origem Zebu – popular pela rusticidade e bom ganho de peso.

 

 

 

O conselheiro foi mais longe e ele próprio iniciou em sua fazenda Rancho T(uma delas) que fica no município de Nossa Senhora do Livramento(35 Km de Cuiabá), o melhoramento genético nos rebanhos e que consiste em um processo de seleção dos animais jovens, para produzir touros e novilhas melhoradoras, vendendo-as por preços estratosféricos.

Mas, além de ser um dos maiores criadores de gado, Antônio Joaquim coleciona outros ‘dotes’ nadas republicanos e direcionados para o lado do crime. Entre eles: o desvio conjuntamente com seus pares e conselheiros da quadrilha: José Carlos Novelli, Sérgio Ricardo, Valter Albano, e Waldir Teis(este último está preso pela Polícia Federal por corrupção), de terem ‘surrupiados R$ 212.402.631,49 milhões em conjunto com 13 empresas para a compra de softwares de baixa qualidade e incompatível com os valores de mercado, na época, para o Tribunal de Contas de Mato Grosso(TCE), órgão que Antônio Joaquim presidiu por três vezes.

Segundo o próprio TCE, a quadrilha superfaturou os contratos em R$ 137.076.812,05 milhões. Antônio Joaquim também é acusado de ‘maquiar’ contratos gráficos no TCE, além de superfaturar a reforma do próprio prédio e ainda de fazer a perversa extorsão contra o ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa(MDB) na ordem de R$ 53 milhões.

 

 

E achaque contra prefeitos e presidentes de Câmaras Municipais e ainda de colocar o próprio genro, Rafael Cotrim, como seu ‘laranja’ em uma fazenda de sua propriedade no munícipio de Nova Mutum.

Joaquim é acusado ainda pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal de formação de quadrilha, peculato, grilagem de terras, agressão, ameaça, crimes ambientais, lavagem de dinheiro e cárcere privado, corrupção ativa, e improbidade administrativa, esta última quando ele recebeu dezenas de milhares de reais para ficar 14 dias na cidade de Granada, na Espanha, para participar do XII Congresso Internacional de juristas.

As diárias recebidas por Joaquim ocorreram entre os dias 15/01/2015 a 28/01/2015.

Mas, o Congresso só aconteceu entre os dias 19/01/2015 a 22/01/2015.

Antônio Joaquim veio da miséria, mas, precisamente do vilarejo de São João da Baliza(573 KM de Cuiabá) – um município paupérrimo – encravado no interior do estado de Goiás, e conseguiu evoluir rapidamente seu patrimônio desde quando veio para Mato Grosso.

 

 

Antes de ser conselheiro, Joaquim foi estagiário no Instituto de Terras de Mato Grosso(Intermat), e conseguiu se eleger Deputado Estadual e Federal. Com boa persuasão para conseguir seus intentos, ele foi indicado por Dante de Oliveira para ser secretário de Educação e de Infra Estrutura.

Mas, foi no TCE que ele enriqueceu.

Seus mandatos parlamentares foram todos improdutivos. E sua capacidade  intelectiva é deplorável.

Com seus milhões acumulados ao longo dos anos no TCE, fazendo chantagem e ‘esquemas’ ele é investigado ainda pelo COAF e pela Receita Federal em uma triangulação de trocas de informações com a PF.

Na última semana, os jornalistas Pedro Ribeiro e Laerte Lannes descobriram mais uma inverdade propagada por Joaquim pelos quatros cantos quando lhe questionado o acúmulo de seu patrimônio.

Os jornalistas conseguiram uma entrevista feita no dia 03 de Julho de 2017 e que o conselheiro admite que tinha recentemente começado a criar gado de raça e fazer leilões, através de sua agropecuária Rancho T.

 

 

Na entrevista o conselheiro admite que nunca foi agropecuarista e que nunca tinha herdado herança alguma de sua família. “A gente que começou não tão lá atrás como os criadores tracionais, mas, nos dá a vantagem de começar com um plantel avançado geneticamente e aí você vai aprimorando”, afirmou Joaquim na entrevista.

Os dotes e/ou talentos do conselheiro em acumular patrimônio é uma coisa impressionante, afirmou um dos representantes do Ministério Público Federal de Cuiabá, que investiga o conselheiro.

 

 

Ele(Antônio Joaquim) não é apenas um agente público vocacionado a frequentar páginas de jornais por noticias pouco afeitas à ética, retidão ou integridade, pois fez de seu cargo, de conselheiro uma profissão rentável, de sorte que lhe serviu de válvula de escape dos recalques por não ter conseguido, como político, nenhum respeito.

Ao criar, vender e fazer leilões de gado, Joaquim sempre afrontou o artigo 7º do regimento interno do Tribunal de Contas e que proíbe os conselheiros de realizarem comércio. “Já fiz cinco leilões de gado e tenho como justificar meus rendimentos”, disse o conselheiro tentando justificar o inexplicável.

 

 

Conforme o inciso segundo do regimento interno é vedado ao conselheiro do Tribunal de Contas: II-exercer qualquer profissão liberal, emprego particular, ser comerciante, sócio, e gerente ou diretor de sociedades comerciais. Neste caso, o conselheiro Antônio Joaquim, é sócio da rancho T agropecuária, o que fere o artigo 7º, cauterizando a perda imediata da função de conselheiro.

A rancho T agropecuária, é empresa rural com foco na criação de touros reprodutores Nelore Mocho PO, situada no município de Nossa Senhora do Livramento na Serra das Araras. O conselheiro comercializa em seu plantel matrizes da Rancho T e na aquisição de novilhas virgens e vacas jovens das empresas agropecuárias  de Nelore Mocho do Brasil, como a Carlos Viacava, a Amauri Gouvêa, a Japaranduba, a OB, a de José Humberto Vilela, a de João Carrielo e a Quilombo.

A Rancho T tem como sócios, além do conselheiro, as suas filhas Taísa Moschini Moraes Cotrim Dias, Tamara Moschini Moraes e Talita Moschini Moraes.

Sua esposa Tânia Izabel Moschini Moraes, também aproveitou as benesses do poder do marido e mesmo sendo efetiva da Secretaria de Educação de Mato Grosso, como professora primária, sempre foi lotada à disposição do gabinete do próprio Joaquim.

 

 

Ela que deveria estar lecionando em uma sala de aula, ficou lotada por longos quinze anos no gabinete do esposo, além de exercer cargos em comissão importantes no ‘seio’ do TCE.

Sua irmã Isabel Silvana Moschini Antunes Maciel também exerceu cargos importantes de confiança no Tribunal.

As três filhas do conselheiro também tinham cargos importantes no TCE.

As denúncias desmistificam Antônio Joaquim como sendo um pai de família de bom caráter e de respeito, e um homem público considerado exemplar e em defesa do bem público, para se tornar à materialização do que a atividade criminosa enraíza nos órgãos públicos tem de mais degradante: a mentira, a corrupção, as práticas fraudulentas, a falsidade, a irresponsabilidade, o desprezo com a sociedade, e o promiscuo relacionamento com gângster, prática esta condenada pela sociedade moderna.

Pedro Ribeiro- Pagina12

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