- Boi: demanda interna impede altas mais expressivas
- Milho: preços recuam pela terceira semana consecutiva
- Soja: colheita avança e cotações têm leve baixa
- Café: arábica cai no Brasil apesar da valorização em Nova York
- No exterior: bolsas estendem alta monitorando estímulos e vacinas
- No Brasil: inflação é destaque da agenda econômica desta semana
Agenda:
- Brasil: boletim Focus (Banco Central)
- Brasil: balança comercial da primeira semana de janeiro
- EUA: inspeções de exportação semanal (USDA)
Boi: demanda interna impede altas mais expressivas
A demanda interna segue como fator principal limitante para novas altas mais expressivas da arroba no mercado brasileiro. O indicador do Cepea passou de R$ 300,10 para R$ 301,70 por arroba, e segue abaixo do recorde marcado nesta primeira semana de fevereiro. Algumas consultorias especializadas reportam negócios próximos a R$ 305 por arroba, sobretudo para animais voltados ao mercado externo.
Na B3, este movimento de um limite para as altas fica ainda mais latente e os contratos futuros do boi gordo chegaram ao segundo dia consecutivo de baixas. O vencimento para fevereiro passou de R$ 298,60 para R$ 296,70 e o para março foi de R$ 291,95 para R$ 290,40 por arroba.
Milho: preços recuam pela terceira semana consecutiva
O indicador do milho do Cepea recuou pela terceira semana consecutiva. As quedas nas comparações semanais foram modestas, de 0,11%, 1,29% e 0,67%, respectivamente. Porém, dão o tom da fraqueza dos preços desde meados de janeiro. A saca caiu de R$ 83,02 para R$ 82,78 na passagem diária e chegou ao menor patamar em 25 dias.
No mercado futuro, os contratos mais curtos apresentaram leves quedas, enquanto os mais longos tiveram baixas maiores. O vencimento para março passou de R$ 85,41 para R$ 85,36 e o para julho foi de R$ 78,23 para R$ 78,07 por saca.
Soja: colheita avança e cotações têm leve baixa
À medida que a colheita da safra avança, o mercado brasileiro de soja ganha um pouco mais de movimento. Com isso, as cotações tendem a acompanhar a dinâmica combinada da oleaginosa negociada na Bolsa de Chicago e do câmbio no Brasil. O dia foi bastante volátil nos Estados Unidos, mas ao fim do pregão os preços recuaram. Em relação ao dólar, a moeda norte-americana teve expressiva desvalorização ante o real.
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, em Passo Fundo (RS), a saca recuou de R$ 168 para R$ 167; em Cascavel (PR), foi de R$ 169 para R$ 168; e no porto de Paranaguá (PR), baixou de R$ 165 para R$ 164.
Café: arábica cai no Brasil apesar da valorização em Nova York
A saca do café arábica recuou no mercado físico brasileiro de acordo com a consultoria Safras & Mercado, apesar da valorização moderada observada em Nova York. O grande motivo foi a queda do dólar em relação ao real. Segundo a Safras, o dia foi travado na comercialização em virtude da baixa da moeda norte-americana.
No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação terminou o dia em R$ 660/665 a saca, em comparação a R$ 670/675 do dia anterior. No cerrado mineiro, o arábica bebida dura com 15% de catação teve preço de R$ 670/675, ante R$ 675/680 de ontem.
No exterior: bolsas estendem alta monitorando estímulos e vacinas
As bolsas europeias globais procuram estender a alta da semana anterior monitorando de perto o avanço da discussão em torno da aprovação do novo pacote de estímulos nos Estados Unidos. Além disso, o mercado fica atento a notícias em relação às vacinas, pois alguns estudos têm mostrado diminuição da eficácia contra novas variantes do coronavírus, sobretudo contra a encontrada inicialmente na África do Sul.
Neste domingo, 7, a África do Sul suspendeu a distribuição da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em virtude de um estudo indicar diminuição da proteção do imunizante contra a variante encontrada no país. Os pesquisadores de Oxford argumentaram que a proteção contra casos moderados e graves da doença não pôde ser avaliada, pois os participantes do estudo eram de baixo risco.
No Brasil: inflação é destaque da agenda econômica desta semana
Com o mercado de juros especulando cada vez mais se a taxa de juros subirá na próxima reunião do Copom, os investidores focam bastante atenção nos dados de inflação. Nesta terça-feira, 9, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o IPCA de janeiro e a Fundação Getulio Vargas (FGV), a primeira prévia do IGP-M de fevereiro. Na sexta-feira, 12, a FGV ainda traz o IGP-10 de fevereiro.
As commodities agrícolas e o minério de ferro têm pressionado os índices gerais de preços desde o ano passado em virtude do dólar e de políticas de estímulos econômicos no Brasil e no mundo. O mercado de juros acompanha de perto os índices de inflação ao consumidor para monitorar se o aumento dos custos está sendo repassado a outros produtos da cesta de consumo. O Banco Central deve reagir com alta dos juros caso perceba que este repasse esteja ocorrendo.
Canal Rural