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Outubro Rosa – Mês de Conscientização Sobre o Câncer de Mama

A Oncologista Angélica Rodrigues explica fatores de risco para câncer de mama

Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure.

A data, celebrada anualmente, tem o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.

O câncer de mama se tornou o tipo mais comum no mundo, de acordo com dados globais. Ele já supera outros cânceres muito incidentes, como os de próstata e os de pulmão, e estimativas nacionais projetam mais de 66 mil novos casos de câncer de mama este ano no Brasil.

A oncologista Angélica Nogueira Rodrigues esclarece sobre o que tem tornado o câncer de mama tão comum.

“A causa é multifatorial. O envelhecimento da população – o câncer de mama é mais comum em mulheres na pós-menopausa. O início da menstruação muito cedo. A menopausa mais tardia e exposição hormonal, como reposições hormonais, são fatores de risco. A mudança de estilo de vida da mulher, esse estilo contemporâneo de mulheres que têm um menor número de gestações e que amamentam menos tempo. E também a primeira gestação após 35 anos de idade”.

A médica destaca também que a obesidade favorece o surgimento da doença, e lembra que, no Brasil, mais da metade da população adulta feminina tem sobrepeso, e cerca de 20% das mulheres são obesas.

A oncologista Angélica Rodrigues chama atenção ainda para o aumento dos casos da doença entre jovens, com idade abaixo de 40 e de 35 anos. Nessa faixa etária, o percentual de casos passou de 2% para até 5% nos dois últimos anos, no Brasil.

Além dos mesmos fatores que colocam em risco a população adulta, questões hereditárias tornam as mulheres jovens mais vulneráveis ao câncer de mama, como explica a médica.

“Entre 5% e 10% dos cânceres de mama estão associados a mutações genéticas hereditárias, e esses cânceres são mais frequentes na população mais jovem. Essa população merece um programa de rastreamento diferenciado. Não iniciando mamografia após os 40 anos apenas, mas começando exames 10 anos antes do primeiro caso de câncer de mama naquela família”.

O diagnóstico precoce é o principal aliado no tratamento da doença.

“Fazer o rastreamento e a identificação de uma lesão inicial é a estratégia mais eficaz para tratamentos menos agressivos e com maior chance de cura. Estou identificando uma lesão inicial, sem comprometimento da axila, as chances de cura são próximas a 100% na grande maioria dos tipos moleculares”.

A mamografia é capaz de identificar tumores pequenos, reduzindo a mortalidade por câncer de mama. A recomendação é que o exame seja realizado anualmente a partir dos 40 anos.

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