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Prefeito e vice de MT são alvos da Polícia Civil por extração e desmatamento ilegal

Polícia Civil diz que grupo criminoso destrói faunas e comete crimes ambientais mirando lucro

Madeireiras de propriedades do prefeito e vice-prefeito de Feliz Natal (538 km de Cuiabá), José Antônio Dubiella (MDB) e Antônio Alves da Costa (PDT), respectivamente, foram alvos de mandado de busca e apreensão da Polícia Civil nesta terça-feira (16/05/23), em um dos desdobramentos da ‘Operação Ronuro’.

No total, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão contra um grupo criminoso que agia na extração e desmatamento ilegal de madeira em Mato Grosso. A polícia ainda registrou três flagrantes por posse de arma e munições sem registros na madeireira em que o vice-prefeito administra. A Polícia Civil não informou se houve cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do prefeito e vice-prefeito de Feliz Natal.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Cláudia, Feliz Natal, Nova Ubiratã e Sorriso. Além dos mandados, os locais onde funcionam as madeireiras serão bloqueados e terão as atividades suspensas, até a conclusão do inquérito.

As investigações da Polícia Civil começaram em 2019, após denúncias de que empresários do comércio de madeira cometiam crimes ambientais e procediam com a extração ilegal na Estação Ecológica Rio Ronuro, localizada em Nova Ubiratã (476 km de Cuiabá).

Em fevereiro de 2022, as investigações foram intensificadas para identificação dos agentes responsáveis por dano ambiental a partir da extração e desmatamento ilegal da vegetação nativa preservada.

As investigações da Polícia Civil identificaram a existência de uma associação criminosa que mirava alta margem de lucro a partir da destruição da vegetação, inclusive cometendo diversos danos ambientais e à fauna. O grupo criminoso é composto por políticos, madeireiros, empresas, transportadoras, pessoas físicas e jurídicas que se favoreciam ilegalmente com a extração de madeira.

Ainda foi descoberto que o grupo utilizava terceiros como “laranjas” para encobrir o comércio irregular de matéria prima e, ainda, cometer crime ambiental e sonegação de impostos.

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