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Sinop- Justiça decreta bloqueio de bens de autor confesso de chacina

A decisão responde a um pedido da família de uma das vítimas, que pediu indenização

A Justiça de Sinop decretou o bloqueio de bens de Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, autor confesso da chacina que matou sete pessoas em Sinop (MT) em fevereiro.

A decisão do juiz Cleber Luis Zeferino de Paula, dessa segunda-feira (12/05/23), é em resposta a uma ação movida pela família de Maciel Bruno de Andrade, que pediu indenização por danos morais e materiais. Bruno é uma das vítimas da chacina e era dono do bar em que o crime aconteceu. A viúva e os filhos menores de Bruno pediram que todos os bens e as contas bancárias de Edgar fossem bloqueados pela Justiça.

“Tem-se que o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo decorre da possibilidade de dissipação de bens do requerido até o julgamento da lide”, diz.

No entanto, o magistrado deferiu o pedido parcialmente, afirmando ser extrema a indisponibilidade da totalidade de seu patrimônio. “Tal medida pode acabar punindo sua família e eventuais dependentes, sem que tenha ocorrido o encerramento do processo criminal”, diz em trecho.

“Nessa perspectiva, entendo prudente, nesse juízo de cognição sumária, apenas a determinação da averbação da existência da ação em eventuais bens móveis existentes em nome do requerido, bem como a indisponibilidade de venda de bens imóveis também registrados em seu nome, não havendo se falar, “a priori”, em bloqueio de contas bancárias”, conclui.

O caso

No dia 21 de fevereiro, Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, invadiram o Bruno Snooker Bar e executam sete pessoas a sangue frio em Sinop (a 500 km de Cuiabá). Uma das vítimas foi uma menina de apenas 12 anos, que acompanhava o pai.

A confusão iniciou quando os dois que jogavam com outras pessoas no interior do bar perderam de forma consecutiva. Eles então teriam sido “zoados” e, por isso, foram até o carro e retornaram de posse de duas armas, uma de cano curto e outra de cano longo, tipo espingarda.

A Justiça decretou a prisão da dupla, que passou horas foragida. Ezequias acabou morrendo durante confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) em uma área de mata.

Edgar, por sua vez, negociou a sua apresentação à Polícia, o que ocorreu dois dias após o crime. A defesa fala em “arrependimento” por parte do suspeito, que informalmente confessou o crime, no momento da prisão. Em depoimento, porém, Edgar permaneceu em silêncio.

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