CuiabáDestaqueMato GrossoNotíciasPolítica

STJ recebe novas provas feitas pelo MP contra prefeito de Cuiabá por contratações irregulares na Saúde

Conforme a denúncia, planilhas apreendidas na casa do prefeito e conversas de celular demonstram que ele tinha conhecimento e total controle das contratações temporárias ilegais.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu um pedido feito pelo Ministério Público de Mato Grosso e recebeu novos documentos com provas enviadas pelo MP para embasar o pedido de afastamento do prefeito de CuiabáEmanuel Pinheiro (MDB), do cargo. O pedido foi feito na segunda-feira (14/03/22) e a decisão foi publicada nessa terça-feira (15).

Em nota, o Emanuel Pinheiro diz que as supostas irregularidades apontadas pelo MP “são absolutamente improcedentes e serão devidamente desmentidas no decorrer do processo”.

Na denúncia, o Ministério Público afirma que o prefeito liderou um esquema de contratações irregulares na Secretaria de Saúde do município e que as planilhas apreendidas na casa dele e conversas de celular demonstram que ele tinha conhecimento e total controle das contratações temporárias tidas como ilegais.

Conforme a nova manifestação do MP no STJ, provas obtidas durante a investigação mostram que Emanuel e a primeira-dama, Márcia Pinheiro, comandavam as contratações ilegais e os pagamentos de ‘prêmio-saúde’, em quantia aleatória e, de acordo com a indicação política, bem como para fins não republicanos, como a tentativa de comprar silêncio de servidor.

A contratação de mais profissionais foi contrária a uma promessa feita pelo prefeito em exercício, segundo o MP. Eram 3.202 servidores da Saúde no período investigado e 1.840 na Empresa Cuiabana de Saúde. Atualmente, são 3.565 servidores na Secretaria Municipal de Saúde e 1.803 na Empresa Cuiabana de Saúde.

Outros argumentos apresentados é que o prefeito teria permitido o filho e amigos a furar a fila da vacinação contra Covid-19 em Cuiabá, além da ligação entre o chefe de gabinete do prefeito e uma empresa ligado a casos de corrupção na Secretaria de Saúde.

Emanuel Pinheiro ficou afastado do cargo por quase 40 dias  — Foto: Luiz Alves/Prefeitura de Cuiabá

Emanuel Pinheiro ficou afastado do cargo por quase 40 dias — Foto: Luiz Alves/Prefeitura de Cuiabá

 

Afastamento

 

Emanuel chegou a ficar mais de um mês afastado do cargo por causa dessas denúncias de falhas na Saúde, entre outubro e novembro de 2021. Ele teria tentado atrapalhar as investigações e não teria demonstrado interesse em por fim às ilegalidades.

Além do prefeito, foram afastados em uma operação da Polícia Civil a secretária-adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos, Ivone de Souza, o chefe de gabinete e a primeira-dama.

Todos foram afastados de suas funções, e o chefe de gabinete foi preso temporariamente, mas já foi liberado. Os pedidos de busca e apreensão e de sequestro de bens também atingiram o ex-coordenador de Gestão de Pessoas da prefeitura, Ricardo Aparecido Ribeiro.

DEIXAR UM COMENTÁRIO

Política de moderação de comentários: A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro ou o jornalista responsável por blogs e/ou sites e portais de notícias, inclusive quanto a comentários. Portanto, o jornalista responsável por este Portal de Notícias reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal e/ou familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.
Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios