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Trabalhadores de fazenda dividem a água mineral com tatu que fugia das queimadas no Pantanal de MT

Animal estava debilitado. Flávio Roberto e um amigo decidiram oferecer ajuda ao tatu, que se aproximou e bebeu a água oferecida.

 

Dois trabalhadores de uma fazenda na região do Pantanal, em Cáceres (MT), dividiram a água mineral que levaram para o trabalho com um tatu que encontraram no pasto, nesta sexta-feira (27/08/21). A suspeita é que o animal estava fugindo das queimadas que atingem a região há mais de uma semana.

Ao G1, Flávio Roberto da Silva contou que instalava equipamentos para a irrigação de água na propriedade junto com um amigo quando encontrou o tatu.

“Vimos ele passando pelo pasto muito debilitado. Fiquei observando que ele andava de um lado para o outro e em nenhum local encontrava água. Daí falei para o meu colega que dividiria minha água com meu ‘amigo’ [o tatu]”, relatou.

Flávio disse que não tinha nenhuma vasilha para colocar a água no local e que não queria assustar o animal com a proximidade. Foi então que ele decidiu se ajoelhar e estender as mãos na direção do tatu, enquanto o outro trabalhador jogava a água.

“Quando fizemos esse ato ele foi se aproximando até que bebeu a água na minha mão, tranquilamente. Foi comovente. Fiquei muito orgulhoso de ter feito isso e faria quantas vezes fossem necessárias”, declarou.

 

Os trabalhadores também jogaram água no corpo do animal para refrescar.

“O colocamos na sombra e esperamos ele se recuperar para voltar ao trabalho. Acredito que ele tenha ficado bem”, disse.

A propriedade onde Flávio trabalha, próxima da divisa com a Bolívia, não foi atingida pelo fogo, no entanto, a fumaça de outras queimadas na região se aproxima.

Queimadas

O fogo que atinge a região da fronteira com a Bolívia, em Cáceres, começou na terça-feira (16), A área devastada pertence ao Pantanal mato-grossense. O incêndio florestal já destruiu mais de 20 mil hectares de vegetação da região.

Os bombeiros explicaram que a escassez de água na região está dificultado o combate às chamas. Além disso, há incêndios subterrâneos na região, o que também dificulta o trabalho dos brigadistas.

 

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