AgronegócioDestaque

Milho: RS pode perder 30% da safra para a seca, estima consultoria

Cerca de um milhão de toneladas de milho já foram perdidas no Rio Grande do Sul devido à estiagem severa, o equivale a 15% da produção do estado, afirma o analista Paulo Molinari, da consultoria Safras & Mercado.

“Em qualquer localidade fora da região das Missões (no noroeste gaúcho), a situação está catastrófica. Atingiu o milho na fase de polinização e não tem mais volta. Mesmo que chova 100 milímetros em janeiro, as perdas já estão aí”, diz.

Por causa dos feriados de Natal e Ano Novo, ainda não foi possível consolidar números, mas a Safras deve publicar a estimativa atualizada para o ciclo 2019/2020 em 10 de janeiro. “Acredito que a quebra pode chegar a 1,5 milhão ou 2 milhões de toneladas”, salienta.

Quanto aos demais estados produtores, Molinari conta que a temporada começou ruim, principalmente no Paraná, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais, porém, regularizou-se. “As chuvas estão ocorrendo, apesar de não plenamente regulares”, argumenta.

E como ficam as cotações do milho?

O primeiro semestre de 2020 já vinha se desenhando bastante positivo para os preços do milho no mercado interno. Agora, com essa situação no Rio Grande do Sul — e na Argentina, que também sofre com a seca —, os valores podem se sustentar ao longo de todo o semestre. “E isso coloca mais atenção sobre a segunda safra a partir de julho”, comenta o analista.

Segundo Molinari, a motivação para que os produtores aumentem a área da segunda safra já existe. “Todo mundo está vendo a demanda e a possibilidade de ter um ano bom”, diz.

As grandes dúvidas, de acordo com ele, são o norte do Paraná, Mato Grosso do Sul e parte de Goiás, onde o plantio da soja atrasou demais. “Talvez não dê tempo de plantar toda a safrinha”, afirma.

Fonte:Canal Rural

DEIXAR UM COMENTÁRIO

Política de moderação de comentários: A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro ou o jornalista responsável por blogs e/ou sites e portais de notícias, inclusive quanto a comentários. Portanto, o jornalista responsável por este Portal de Notícias reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal e/ou familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.
Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios