
O Vale do Araguaia tem se consolidado como uma das grandes apostas do Governo de Goiás para impulsionar o desenvolvimento econômico do estado e ampliar a presença brasileira no mercado mundial de alimentos. A avaliação foi reforçada no mês de agosto, durante a apresentação do estudo “Oportunidades e Desafios para o Desenvolvimento do Vale do Araguaia”, realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg).
O encontro contou com a presença do vice-governador Daniel Vilela, que destacou a vocação da região para se tornar um dos principais polos de produção agrícola e pecuária do país. O estudo inédito foi encomendado pela Fieg e elaborado pela consultoria McKinsey & Company, trazendo um mapeamento detalhado das condições de solo, infraestrutura já existente e oportunidades de expansão, com ênfase no potencial exportador.
“Poucas regiões do Brasil têm hoje o potencial do Vale do Araguaia para produzir, abastecer e atender com eficiência as demandas do mercado internacional de alimentos”, ressaltou Daniel Vilela, ao destacar que o governo estadual tem priorizado investimentos robustos em logística e infraestrutura.
Entre as obras já concluídas na região, estão a pavimentação das GOs 336 (Crixás–Nova Crixás), 156 (Uirapuru–Santa Marta) e 454 (entre GO-164 e GO-173, rumo a Cocalinho), além da construção de pontes na GO-334 (entre Nova América e Mozarlândia) e sobre o Rio do Peixe, em Araguapaz. Também seguem em andamento frentes importantes, como a restauração da GO-244 (de Porangatu a São Miguel do Araguaia, com 121 km) e melhorias em outros trechos estratégicos.
O investimento não se limita às estradas. Na área da saúde, está em construção a Policlínica Estadual de Mozarlândia, orçada em R$ 20,5 milhões, que deverá oferecer serviços especializados e atender toda a população da região. Paralelamente, programas como Goiás em Movimento Municípios e Patrulhas Mecanizadas vêm fortalecendo a infraestrutura rural e apoiando diretamente os produtores.
O presidente da Fieg, André Rocha, destacou o papel da indústria nesse processo e relembrou a transformação vivida por Rio Verde, na década de 1990, quando a chegada da Perdigão impulsionou o agronegócio goiano. “O que estamos vendo hoje no Vale do Araguaia tem potencial ainda maior”, afirmou.

Já o produtor rural Leonardo de Oliveira Gomes, de Nova Crixás, ressaltou a importância da união entre poder público e iniciativa privada. “Com esforço conjunto, podemos fazer em dez anos o que normalmente levaria trinta”, avaliou.
Para o governo estadual e para o setor produtivo, o Vale do Araguaia se projeta não apenas como uma nova fronteira agrícola, mas como um território estratégico capaz de transformar o futuro econômico de Goiás e do Brasil.