A Câmara Municipal de General Carneiro aprovou, dia (16/09/22), a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a quebra de decoro do vereador Magnun Rodrigues (PSB), que está preso acusado de roubo de gado e internado na UTI porque acabou reagindo durante o assalto e acabou se machucando durante ação dos seguranças da fazenda.
Magnun está internado em estado grave no Hospital Regional de Rondonópolis. Ele está sendo investigado por integrar um grupo que roubava e abatia gado de uma fazenda em Primavera do Leste.
A abertura da investigação recebeu votos favoráveis dos oito vereadores presentes na sessão. Assim for definido quem será o presidente, o relator e o membro da comissão, ela terá 90 dias para apurar a denúncia e apresentar uma conclusão – a cassação do parlamentar ou o arquivamento do caso.
Na quarta-feira (14), o Ministério Público do Estado (MPE) rejeitou o pedido da defesa do parlamentar para prisão domiciliar e manteve a prisão preventiva. Na decisão, o MPE destacou que não havia tido mudanças significativas para alterar as medidas cautelares impostas sobre ele.
Magnun segue internado no hospital após ser atingido por uma coronhada durante o confronto entre funcionários da fazenda, que abordaram o grupo em flagrante, no domingo (11).
Em fevereiro deste ano, o parlamentar ficou conhecido por doar notas de R$ 20 na porta do supermercado do qual é proprietário durante a inauguração do estabelecimento. Ele também é ex-presidente da Câmara Municipal de General Carneiro.
Na terça-feira (13), peritos analisaram as carcaças dos animais para verificar se as munições encontradas no crime tinham ligação com àquelas localizadas no gado.
O Ministério Público do Estado (MPE) rejeitou, nessa quarta-feira (14), o pedido de revogação da prisão preventiva do vereador de General Carneiro, Magnun Rodrigues (PSB), de 37 anos, que está internado em estado grave no Hospital Regional de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. Ele é investigado por integrar um grupo que roubava e abatia gado de uma fazenda em Primavera do Leste.
Na decisão, o promotor de Justiça Carlos Eduardo Pacianotto entendeu que não houve nenhuma mudança para justificar a substituição das medidas cautelares ou mesmo a conversão para prisão domiciliar do parlamentar, como apresentado pela defesa dele.
“Antes de se decidir pela prisão domiciliar, o órgão ministerial, desde já, requer a realização de exame médico específico, acompanhado pelos peritos do estado, para fins se, realmente, o interessado não poderia permanecer recolhido na cadeia pública local ou, ainda, em outro estabelecimento prisional”, diz trecho do argumento.
O promotor ainda ressaltou que a prisão domiciliar é uma exceção, o que não permite a banalização dessa medida.
Entenda o caso
Quatro homens, de 24, 28, 37 e 49 anos, foram surpreendidos, no domingo (11), por funcionários da fazenda durante um roubo de gado na propriedade. O local, segundo relataram à polícia, havia sido alvo de crimes semelhantes.
Quando a Polícia Militar chegou à fazenda, o grupo já estava rendido. Segundo informaram, houve confronto entre os suspeitos e os funcionários.
Na terça-feira (13), peritos analisaram as carcaças dos animais para verificar se as munições encontradas no crime tinham ligação com àquelas localizadas no gado.