
Um caso grave e comovente chocou moradores do Distrito Federal nesta semana. Uma adolescente de 17 anos foi apreendida após dar à luz em casa um bebê prematuro, asfixiá-lo e, em seguida, descartá-lo em um saco de lixo. O crime teria ocorrido após a jovem tentar forçar um aborto sem o conhecimento da família.
De acordo com informações da Polícia Civil do DF, a adolescente escondeu a gravidez durante meses e teria entrado em trabalho de parto sozinha. O bebê nasceu com sinais vitais, mas foi asfixiado pela mãe logo após o nascimento. O corpo foi encontrado em um contêiner de lixo da região, envolto em toalhas.
Segundo a PCDF, o aborto e a morte do bebê chegaram a ser filmados pela adolescente, que teria esperado os pais viajarem para cometer o ato
A Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) foi acionada após denúncias e deu início às investigações. Exames periciais confirmaram que o bebê nasceu com vida. A jovem foi localizada e encaminhada a uma unidade especializada, onde prestou depoimento. Ela permanece sob custódia e à disposição da Justiça.
Segundo as autoridades, a motivação pode estar ligada ao medo de represálias familiares e ao desespero diante da gestação não planejada. O caso será tratado como ato infracional análogo a homicídio qualificado, com agravantes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O Conselho Tutelar acompanha o caso, e a adolescente está recebendo acompanhamento psicológico. A Secretaria de Desenvolvimento Social do DF informou que está prestando apoio à família.
O episódio levanta novamente o debate sobre gravidez na adolescência, acesso a políticas públicas de saúde reprodutiva, orientação familiar e apoio psicológico a jovens em situação de vulnerabilidade.
Querência News/ Elisa Coelho
Informações: Metrópoles