
De acordo com a decisão, uma linha com DDD 11 foi cadastrada com os dados da moradora do município mato-grossense. A juíza da 9ª Vara Federal de Curitiba, Gabriela Hardt, ainda ponderou que os dados foram utilizados sem o consentimento da mulher, já que ela reside em um local distante de onde a linha foi requisitada.
“A equipe policial ponderou que, possivelmente, a linha de telefone foi cadastrada sem seu conhecimento, pois L. reside em local distinto do prefixo da linha, possui emprego e não apresenta nenhum antecedente criminal”, disse a magistrada.
Além da mato-grossense, outras pessoas tiveram seus dados pessoais utilizados para abertura de linhas telefônicas que seriam usadas pela facção criminosa, coordenada por Janeferson. Além do líder, outras cinco pessoas também foram presas durante uma operação da Polícia Federal, incluindo sua esposa, que já foi solta.
O grupo liderado por Janeferson é acusado de articular planos para matar e sequestrar autoridades e agentes públicos. No pedido de prisão do acusado, a juíza cita que uma das testemunhas informou que o ex-ministro da justiça e hoje senador seria um dos alvos da ação criminosa.
“A testemunha disse que recentemente ficou sabendo que ele estaria planejando atentados contra autoridades, tendo sido citado como alvo o ex-ministro da justiça e hoje senador, Sergio Moro. Indagado sobre que tipo de atentado seria, disse que seu informante falou que JANEFERSON estaria encarregado da tarefa de levantar informações e sequestrar, não sabendo especificar quais atos criminosos seriam realizados posteriormente”, descreveu a juíza.