Um dos autores do homicídio de David Gilmour Cecílio, 28 anos, ocorrido na noite da última sexta-feira (21/10/22), no bairro Jardim Rondônia, em Rondonópolis (212 km de Cuiabá), foi preso em flagrante pela Polícia Civil nessa segunda-feira (24). Ele contou que cometeu o crime, pois achou que a vítima era membro de uma facção rival.
De acordo com a Polícia Civil, David, e outras quatro pessoas que moravam na mesma casa foram torturados física e psicologicamente, pois os criminosos pensaram que eles seriam, supostamente, de uma facção rival.
David conseguiu fugir da casa, mas foi perseguido e executado com vários tiros. As outras vítimas, amarradas pelas mãos e pernas, ficaram sendo vigiadas por outros membros do grupo.
O corpo de David foi encontrado no início da madrugada de sábado, na calçada de um terreno. Vizinhos saíram para a rua após ouvirem barulhos de disparos e ouvirem uma pessoa correndo e pedindo socorro.
A Polícia Civil apurou que ele morava há pouco tempo no imóvel. Dentro da casa, foram encontrados fios e cadarços que aparentavam ter sido amarrados e cortados com uma faca.
Diligências
A partir das diligências realizadas desde que o corpo foi encontrado, os policiais da DHPP apuraram que as características dos suspeitos envolvidos na tortura e homicídio de David.
Segundo a Polícia Civil, o criminoso que foi preso, ocupa a posição de ‘disciplina’ da facção na região onde a vítima morava e foi morta.
Ele foi abordado enquanto saía de sua residência, no bairro Jardim Rondônia. Em revista pessoal, a equipe da DHPP encontrou com o criminoso porções de maconha embaladas para venda.
Ao ser dada a voz de prisão, a mulher dele veio até o portão e autorizou a entrada dos policiais na residência. Perguntado sobre o restante do entorpecente, o bandido disse não ter mais.
Em buscas na residência foram localizadas quatro barras de maconha, no chão da cozinha, além de outras porções enroladas em sacola plástica; a quantia de R$ 4.590 no quarto do casal , além de outras porções de drogas enroladas , dentro da geladeira. Na casa também foi apreendido um porrete com a inscrição da palavra ‘diálogo’, grafada em vermelho.
Na residência estavam as três filhas do casal, todas menores de idade, que foram entregues aos cuidados de um familiar.
A investigação prossegue para identificar os outros envolvidos no crime.
