O jovem empresário Igor Thomae Rodrigues, de 27 anos, morador de Água Boa (736 km de Cuiabá), vive um drama após perder a visão, possivelmente em decorrência de intoxicação por metanol, substância altamente tóxica presente em bebidas alcoólicas adulteradas. O caso está sendo investigado pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT).
Segundo relato do próprio Igor, o episódio começou na terça-feira (14/10/25), quando ele retornava de uma viagem a trabalho e decidiu comprar uma garrafa de whisky em um mercado da cidade. O empresário contou que consumiu a bebida acompanhado de uma amiga, que não apresentou sintomas.
No dia seguinte, Igor começou a sentir forte sonolência e, dois dias depois, acordou com dores intensas de cabeça e no estômago, além de enjoo, vômitos e dificuldade para respirar. Durante uma das crises, ele percebeu algo alarmante: sua visão começou a ficar branca, como se houvesse “duas lanternas acesas dentro dos olhos”.
O Corpo de Bombeiros de Água Boa foi acionado e realizou os primeiros socorros, encaminhando o jovem ao Hospital Regional Paulo Alemão. O diagnóstico inicial apontou intoxicação por etanol, mas não foram realizados exames toxicológicos que confirmassem a presença de metanol.
De acordo com nota do hospital, Igor recebeu alta a pedido em 18/10, com orientação para buscar atendimento especializado. Após avaliação de uma oftalmologista da família, foi constatado que o quadro exigia transferência urgente para Goiânia, onde ele permanece internado em um hospital particular, acompanhado pela mãe.
Segundo a médica responsável pelo caso, o nervo óptico do paciente está comprometido e sem fluxo sanguíneo, o que indica lesão grave e irreversível. Os médicos que acompanham o tratamento afirmam haver quase 100% de certeza de intoxicação por metanol, uma substância letal quando ingerida, mesmo em pequenas quantidades.
O caso serve de alerta à população sobre os riscos de consumo de bebidas alcoólicas de procedência duvidosa. As autoridades de saúde reforçam a importância de verificar sempre o selo fiscal e a origem dos produtos antes do consumo.
Querência News/ Elisa Coelho


















