O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que o uso de paracetamol durante a gravidez deve ser feito apenas quando necessário. Segundo ele, a ingestão do medicamento conhecido comercialmente como Tylenol pode estar relacionada ao aumento de diagnósticos de autismo em crianças.
Trump afirmou que em alguns grupos que não utilizam vacinas nem medicamentos não há registro de casos de autismo, acrescentando que “tomar Tylenol na gravidez não é bom”.
Uma revisão recente de estudos conduzidos pelas universidades de Harvard e Mount Sinai apontou indícios de associação entre o uso de paracetamol na gestação e o risco aumentado de autismo. Apesar disso, a fabricante do medicamento destacou que não existem evidências científicas confiáveis que confirmem essa relação.
O paracetamol é um dos analgésicos mais utilizados por gestantes em todo o mundo, indicado para o alívio de dores e o controle da febre. Profissionais de saúde reforçam que o medicamento é considerado seguro quando usado sob prescrição médica e nas doses recomendadas.
A declaração de Trump, entretanto, levou parte da comunidade científica a defender a realização de estudos mais aprofundados sobre possíveis fatores associados ao autismo.
De acordo com relatório publicado em abril pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o aumento no número de diagnósticos da condição nos Estados Unidos está ligado principalmente à ampliação do acompanhamento da saúde infantil, além de outros fatores. Atualmente, uma em cada 31 crianças no país apresenta diagnóstico de autismo.
Querência News/Letícia Nunes
Informações e vídeo: R7