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Luto: entenda quais são as fases e como lidar com as perdas

Descubra o significado do luto, suas fases, como lidar com a dor e identificar os sinais que indicam a necessidade de ajuda profissional

Perder alguém é uma experiência dolorosa e profundamente pessoal, e a forma como cada um lida com o luto é única. O luto envolve um processo de adaptação a uma nova realidade, onde é normal vivenciar emoções intensas, como tristeza, raiva, culpa, e mesmo alívio. A chave para superar a perda é permitir-se sentir, buscar apoio, cuidar de si e, aos poucos, encontrar um novo sentido para a vida. 

Mas quanto tempo dura esse sentimento? Como lidar com o luto? E como reconhecer esses sinais de luto? Entenda melhor a seguir.

O que é o luto?

O luto é um processo natural e multifacetado que envolve a experiência de lidar com a perda de alguém ou algo significativo na vida de uma pessoa. É uma resposta emocional natural e inevitável diante da perda de algo.

E isso pode ir além de pessoas: pode ocorrer em outras situações, como o fim de um relacionamento, a perda de um emprego, mudanças na saúde física ou mental e outras transições importantes na vida.

Seu significado transcende a tristeza, pois abrange uma ampla gama de emoções e reações, como tristeza, raiva, negação e aceitação, que podem variar em intensidade e duração.

Esses sentimentos podem se alternar, se sobrepor ou ocorrer em diferentes momentos.

A dor do luto varia de pessoa para pessoa e pode ser influenciado por fatores como cultura, crenças religiosas, histórico familiar e personalidade.

Por isso, uma jornada única, que cada indivíduo enfrenta de maneira diferente, mas é essencial para o processo de cura e readaptação à nova realidade após a perda.

Quais são as fases do luto?

Diferentemente do que se imagina, as fases do luto não são lineares e esses estágios não precisam acontecer em apenas uma ordem. A negação, a raiva, a barganha e a depressão aceitação podem aparecer em momentos diferentes.

Etapas do luto:
Choque e negação:

A notícia da perda pode ser tão inesperada que leva a um estado de choque e negação, onde a realidade da perda parece impossível. 

A negação é uma resposta instintiva à dor e ao choque da perda. Nesta fase, a pessoa cria uma barreira temporária para proteger a si mesma do impacto emocional avassalador.A negação permite um tempo para processar a notícia e se preparar para lidar com a realidade. Ela pode ser manifestada através de pensamentos como “isso não pode estar acontecendo” ou “deve haver algum engano”.

Com o tempo, essa negação começa a desaparecer, dando lugar a outras emoções.

No entanto, se a negação se prolongar demais, pode ser um sinal de que a pessoa está tendo dificuldades para enfrentar a perda e pode precisar de apoio adicional para seguir em frente.

Raiva e barganha:

É normal sentir raiva, seja por si mesmo, pela pessoa que partiu, ou por outras pessoas. A raiva pode ser acompanhada de barganha, onde se tenta encontrar uma maneira de mudar o que aconteceu. A raiva surge quando a pessoa começa a aceitar a realidade da perda e se sente injustiçada ou traída. Essa emoção pode ser direcionada a outras pessoas, como familiares, amigos, médicos ou até mesmo quem que partiu.

Nesta fase, é comum ouvir questionamentos como “por que isso aconteceu comigo?” ou “não é justo”. É importante permitir-se sentir raiva e expressá-la de maneira saudável, como através de conversas, escrita ou atividades físicas.

O que vale é não deixar a raiva se transformar em ressentimento, pois isso pode atrapalhar o processo de cura emocional.

A fase da barganha é marcada por um desejo intenso de reverter ou aliviar a dor da perda. A pessoa pode fazer promessas a si mesma, a Deus ou a outras forças superiores, na esperança de que isso amenize a dor.

Por exemplo, a pessoa pode pensar: “Se eu for uma pessoa melhor, talvez isso não tenha acontecido” ou “Se eu mudar meu comportamento, posso evitar que outras perdas ocorram”.

Essa fase reflete a busca desesperada por algum controle sobre a situação, mas é importante reconhecer que nem todas as circunstâncias estão sob nosso controle. À medida que a pessoa avança no processo, a necessidade de barganhar tende a diminuir.

Depressão e tristeza:

A tristeza é uma emoção natural e esperada no processo de luto. Pode ser intensa e durar por um longo período, e é importante permitir-se vivenciá-la. 

depressão é uma resposta natural à perda, e é o momento em que a pessoa realmente sente o peso da ausência.

É aquele momento em que a realidade da perda é plenamente sentida, e a pessoa pode experimentar profunda tristeza, desânimo e desinteresse pelas atividades diárias.

Isso pode se manifestar através de alterações no apetite, no sono e na concentração. Nesta etapa, é essencial buscar apoio emocional e, caso necessário, acompanhamento profissional, para enfrentar a dor e evitar o agravamento dos sintomas.

 

Aceitação:

A aceitação não significa esquecer ou aceitar a perda passivamente, mas sim aprender a viver com ela e encontrar um novo sentido para a vida. 

Independentemente da ordem anterior, a aceitação é o estágio final do luto, no qual a pessoa começa a se adaptar à nova realidade sem a presença do ente querido.

Ela não significa que a pessoa esqueceu ou superou completamente a perda, mas sim que está aprendendo a viver com ela.

A pessoa pode começar a encontrar novos interesses, estabelecer novos objetivos e criar outros vínculos. A aceitação é um processo contínuo, e a pessoa pode oscilar entre os estágios antes de finalmente encontrar a paz e a resiliência para seguir em frente.

 

Quanto tempo dura o período de luto?

O período de luto é uma experiência única. Isso significa que a duração dele varia de acordo com fatores como a relação com o ente querido, a natureza da perda e o apoio emocional disponível.

Não há um prazo específico para o fim, e é essencial respeitar o tempo que cada um leva para processar e lidar com a perda.

Algumas pessoas podem começar a se sentir melhor em semanas ou meses, enquanto outras podem levar anos para encontrar a aceitação e a paz necessárias para seguir em frente.

É importante lembrar que isso não é um processo linear, e é normal que a pessoa oscile entre diferentes emoções e fases ao longo do tempo. O essencial é permitir-se vivenciar em seu próprio ritmo e buscar apoio quando necessário.

Como lidar com o luto?

Algumas abordagens podem auxiliar na superação dessa fase difícil. A seguir, algumas sugestões para enfrentar o luto de maneira saudável.

  • permita-se sentir: encarar e reconhecer as emoções é um passo crucial para superar. Permita-se vivenciar a dor, a tristeza e todas as emoções que possam surgir durante esse período;
  • busque apoio: compartilhar suas experiências e emoções com amigos, familiares ou grupos de apoio pode ajudar a aliviar a carga emocional. Profissionais de saúde mental também podem ser úteis, principalmente se a dor se tornar insuportável;
  • cuide de si: manter hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e sono adequado, é fundamental para enfrentar o luto. Além disso, busque atividades relaxantes e prazerosas, como meditação, ioga ou hobbies;
  • estabeleça uma rotina: Ter uma rotina pode ajudar a criar estabilidade e segurança em momentos de incerteza e tristeza;
  • honre a memória do ente: encontre formas significativas de manter a memória do ente querido viva, como criar um memorial, participar de atividades que a pessoa apreciava ou até mesmo homenagear no Dia dos Finados;
  • seja paciente: aceite que o processo leva tempo e é uma jornada única para cada pessoa. Permita-se vivenciar as diferentes fases e entenda que a recuperação não é linear.

Quais são os sintomas da dor do luto?

A dor do luto é uma reação natural à perda de um ente querido e pode se manifestar de diferentes maneiras. Os sintomas variam de pessoa para pessoa e podem mudar ao longo do período de luto.

Aqui estão alguns sinais de luto que podem ajudar a identificar se alguém está passando por essa experiência:

  • tristeza e choro: a tristeza é um dos sintomas mais comuns. É normal sentir-se triste e chorar em momentos de perda;
  • raiva: ela pode se manifestar como frustração, irritação ou mesmo hostilidade, direcionada a si mesmo, a outros ou até mesmo à pessoa que faleceu;
  • culpa: é comum sentir culpa por acreditar que não fez algo diferente, por não ter passado mais tempo com a pessoa ou por sentimentos não expressados;
  • ansiedade: essa dor pode causar ansiedade, preocupação e até mesmo ataques de pânico em alguns casos;
  • problemas de sono: distúrbios como insônia, sono agitado ou pesadelos, são sinais de luto comuns;
  • mudanças no apetite: a perda do apetite ou comer em excesso pode ser um sintoma;
  • dificuldade de concentração: a pessoa nessa situação pode ter problemas para se concentrar, tomar decisões ou lembrar de coisas, pois só pensa na perda;
  • sintomas físicos: dor de cabeça, fadiga, dores musculares e problemas estomacais podem ser sinais.

Quando o luto exige ajuda profissional?

Embora seja um processo natural e muitas pessoas consigam lidar com a dor por conta própria, em alguns casos, a ajuda profissional pode ser necessária.

Fique atento aos seguintes sinais que podem indicar que é hora de procurar apoio de um especialista.

  • intensidade dos sintomas: se os sintomas se tornam insuportáveis, interferindo na capacidade de realizar atividades diárias e afetando significativamente a qualidade de vida, pode ser necessário buscar ajuda;
  • duração do luto: o período varia para cada pessoa, mas se a dor se prolonga por meses ou anos sem mostrar sinais de melhora, é importante considerar a possibilidade de procurar um profissional;
  • problemas de saúde: se ele está afetando a saúde física e mental, causando sintomas como insônia, perda ou ganho de peso significativo e problemas de concentração, pode ser necessário recorrer a um profissional;
  • impacto no trabalho: se ele está afetando o desempenho no trabalho e comprometendo o desenvolvimento pessoal e profissional, buscar apoio pode ser necessário.

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