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MT- Madrasta é condenada a 26 anos de prisão por matar criança envenenada

Jaíra Gonçalves não terá direito de recorrer em liberdade

Jaíra Gonçalves de Arruda Oliveira foi condenada a 26 anos e oito meses de prisão, em regime fechado, pela morte da enteada Mirella Poliane Chue de Oliveira, à época com 11 anos. Ela não terá direito a recorrer em liberdade.

A decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (10/12/21), após dois dias de julgamento no Tribunal do Júri, presidido pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da Primeira Vara Criminal de Cuiabá. Conforme a sentença, Jaíra foi condenada por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, com emprego de veneno e recurso que dificulte a defesa da vítima.

No primeiro dia de júri foram ouvidas 10 testemunhas, entre acusação e defesa. Dentre elas a avô de Mirella, Claudina Chue Marques, e o pai da menina, José Mario Gonçalves, além de médicos, advogados e pessoas ligadas à família.

Jaíra foi a última a prestar depoimento, já por volta das 20h. Na ocasião, chorou durante a fala e negou que tenha matado a criança. A acusada ainda afirmou que amava Mirella tanto quanto ama seus filhos de sangue e afirmou que a tratava como filha.

Já o segundo dia, nesta sexta-feira, foi marcado pela acusação do Ministério Público Estadual (MPE), por meio da promotora de justiça, Marcelle Rodrigues da Costa e Faria, e do assistente de acusação, Luciano Augusto Neves. Também foi feita a defesa da ré, pelo advogado Mustafan Mistergan, que afirmou conhecer Jaíra de outras ocasiões.

O caso

Segundo as investigações, Jaíra aplicava doses diárias de veneno para a criança ingerir, resultando em sua morte. O pai da menina não sabia do crime.

A motivação seria uma herança que Mirella receberia em razão da morte da mãe logo após seu parto, por erro médico. Inicialmente, o valor era apontado como R$ 800 mil. Contudo, o valor recebido pela família seria de R$ 600 mil. Parte desse montante seria embolsado pela criança assim que ela completasse 18 anos. Outra parte fica com a avó materna.

Havia suspeita de que a acusada pudesse ter envenenado o avô paterno da menina, com quem Mirella morava até 2018, quando ele morreu. Foi apenas depois que ela passou a viver com a madrasta.

Em 2020 foi feita exumação do corpo do idoso. Contudo, a conclusão da Politec foi que o avô não teria sido envenenado.

 

Repórter MT

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