Milhares de manifestantes da direita que não concordam com o resultado das últimas eleições presidenciais invadiram o prédio do Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo (08/01/23).
Após a ocupação , o novo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, se pronunciou e disse ser “inaceitável o ataque contra a democracia brasileira neste momento em que lutamos para recuperar a imagem do Brasil perante ao mundo”.
Em outra postagem, minutos depois, o chefe do Mapa disse que contra o terrorismo, não há espaço para hesitação.
Como a ocupação começou
A invasão começou após a barreira formada por policiais militares na Esplanada dos Ministério, que estava fechada, ter sido rompida. O Congresso Nacional foi o primeiro a ser invadido, com os manifestantes ocupando a rampa e soltando foguetes. Depois eles quebraram vidro do Salão Negro do Congresso e danificaram o plenário da Casa. (Onde alguns dos manifestantes em vídeos, disseram que infiltrados que haviam feito tais vandalismos)
Após a depredação no Congresso, eles invadiram o Palácio do Planalto e o STF. No Supremo, quebraram vidros e móveis.
Imagens mostram que o efetivo de policiais militares que estava nas proximidades do Congresso Nacional usou sprays de pimenta em uma tentativa, sem sucesso, de conter os manifestantes .
Ministro da Justiça se manifesta
Via redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, também se manifestou, dizendo que “essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer”. Ele acrescentou ter ouvido do governo do Distrito Federal que o efetivo seria reforçado. “As forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça”, escreveu o ministro.
Já o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, ressaltou ter certeza que a maioria dos brasileiros quer união e paz para que o Brasil siga em frente. “Essa manifestação é de uma minoria golpista que não aceita o resultado da eleição e que prega a violência. Uma minoria violenta, que vai ser tratada com o rigor da lei”.
Ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e secretário de Segurança Pública do governo do Distrito Federal, Anderson Torres, que se encontra nos Estados Unidos, disse, via Twitter, ter determinado ao setor de operações “providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília”.
Mais tarde neste domingo, o governador do DF, Ibaneis Rocha, exonerou Torres do cargo. O governador confirmou a decisão pelo Twitter.
“Determinei a exoneração do Secretário de Segurança DF, ao mesmo tempo em que coloquei todo o efetivo das forças de segurança nas ruas, com determinação de prender e punir os responsáveis. Também solicitei apoio do governo federal e coloco o GDF [governo do Distrito Federal] à disposição do mesmo”, escreveu o governador nas redes sociais. Ibaneis informou estar em Brasília, monitorando as manifestações e tomando todas as providências para “conter a baderna antidemocrática na Esplanada dos Ministérios”.
Presidente do Senado repudia ações
Presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco disse repudiar “veementemente esses atos antidemocráticos”, que, segundo ele, deverão “sofrer o rigor da lei com urgência”. A Polícia Legislativa também está no local, na tentativa de conter a invasão.
“Conversei há pouco, por telefone, com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, com quem venho mantendo contato permanente. O governador me informou que está concentrando os esforços de todo o aparato policial no sentido de controlar a situação”, disse Pacheco.