Um simples gesto com as mãos pode significar a diferença entre a vida e a morte. O sinal internacional de pedido de socorro, criado para situações de violência doméstica e sequestro, vem sendo cada vez mais divulgado em campanhas de proteção às mulheres e crianças. No entanto, especialistas alertam: grande parte da população ainda desconhece o gesto e essa falta de informação pode custar caro.
O sinal é feito de forma discreta: a pessoa levanta a mão, com a palma voltada para frente, dobra o polegar para dentro e fecha os outros quatro dedos sobre ele, simulando que o polegar está “preso”. Apesar da simplicidade, ele carrega um peso enorme: é um grito silencioso de quem não pode falar, mas precisa ser salvo.
O problema é que, em locais públicos ou até mesmo em ambientes familiares, muitas vezes esse gesto não é reconhecido. Casos de vítimas que tentaram usar o sinal e não foram ajudadas já geraram revolta em organizações de defesa dos direitos humanos, que cobram campanhas mais intensas do poder público.
Para especialistas, a polêmica é clara: de nada adianta criar estratégias de socorro se elas não chegam ao conhecimento da sociedade. A ausência de informação transforma um código de vida em um gesto vazio.
A orientação é que todos aprendam a identificar o sinal e saibam como agir: acionar imediatamente a polícia, registrar o ocorrido e nunca confrontar diretamente o agressor. O silêncio pode custar uma vida; a atenção pode salvar.
Querência News/Elisa Coelho