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Acusado de matar transexual em Querência é condenado pelo júri

Samuel Almeida de Matos foi condenado à 14 anos de reclusão e mais seis meses de detenção

Samuel Almeida de Matos, de 23 anos, foi condenado à 14 anos de reclusão e seis meses de detenção pelo homicídio da transexual Lorhany Kalarhary, de 29 anos. O juri popular aconteceu nesta quarta-feira (13/07/22), no Plenário da Câmara Municipal. Além do crime de homicídio, Samuel responde também por fraude processual.

 

 

Lorhany foi morta com diversas facadas no dia 29 de outubro de 2018. Ela era cozinheira em um bar e estudante na Escola Estadual 19 de Dezembro. Lorhany morava sozinha no Setor F. A mãe da vítima foi quem encontrou a filha despida, no chão, e já sem vida.

Samuel foi preso um dia depois do crime, escondido em uma residência. Na época, Samuel disse à polícia que se sentiu enganado. À polícia ele que não sabia que Lorhany era transexual. Samuel disse ainda ter agido em legítima defesa, pois ao recusar manter relações, Lorhany teria o atacado. Samuel também se apossou do celular da vítima após cometer o crime.

O advogado de defesa trabalhou em cima desse argumento, que foi refutado pelo juri. Samuel está preso desde 2018. Na época do crime o réu tinha apenas 19 anos de idade. Ele participou do julgamento direto da Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, onde seguirá recluso.

O modelo de júri híbrido foi adotado por conta da pandemia que assolou o país e o mundo nos últimos dois anos e meio. O Juiz de Direito Thalles Nóbrega Miranda Rezende de Brito destacou que essa forma de trabalho com o uso da tecnologia vem em auxílio da jurisdição para tornar o trabalho de atendimento às demandas judiciais mais céleres e eficazes para a sociedade, além de gerarem uma grande economia, uma vez que não há necessidade de deslocar o réu da Penitenciária até a comarca.

No caso do júri desta quarta-feira, por exemplo, o réu acompanhou o julgamento há cerca de 1000 km.

A agenda de júris na comarca de Querência foi retomada no mês de abril, com quatro julgamentos realizados desde então.

O último júri aconteceu no dia 5 de julho. Selmo Antônio dos Santos, de 56 anos, foi sentenciado à 12 anos de prisão em regime fechado por homicídio qualificado por motivo fútil.

O crime ocorreu no dia 11 de outubro de 2019. Selmo matou à facadas José Carlos da Silva, 50 anos, após um desentendimento entre eles, em um bar.
Na época do crime o réu teria alegado que usou uma faca para se defender quando a vítima ameaçou lhe agredir fisicamente com uma barra de ferro. O réu já estava preso desde 2019.

Outros quatro júris já estão agendados para o mês de agosto.

Por: Michele Soares

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