AgronegócioDestaquePecuária

Boi gordo: preços da arroba disparam com restrição de oferta

De acordo com a Safras & Mercado, referência em São Paulo subiu R$ 15 por arroba, passando de R$ 278 para R$ 293, maior valor registrado nesta quarta

O mercado físico de boi gordo voltou a ter preços acentuadamente mais altos nesta última  quarta-feira (10/11/21). De acordo com o analista de Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, esse movimento “nada mais é que um reflexo da rápida diminuição da oferta de animais terminados, prontos para o abate, nas principais regiões produtoras do país”.

Conforme Iglesias, os frigoríficos passaram a operar com escalas de abate encurtadas e foram obrigados a realizar agressivo aumento dos preços de compra. Por outro lado, os preços da carne bovina não apresentam movimento similar.

“Outro aspecto a ser considerado é que ainda há importante volume de carne bovina estocada em câmaras frias. Sem uma perspectiva de retomada das compras por parte da China, é possível que a indústria frigorífica disponibilize essa carga nos meses de novembro e dezembro, período que conta com maior apelo ao consumo, o que tem potencial para produzir nova inversão dos preços do boi gordo, mesmo no período de maior demanda no ano”, disse o analista.

De acordo com a Safras, em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 293 na modalidade a prazo, contra R$ 278 na terça-feira (9). Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 280, contra R$ 265. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 289, ante R$ 277.

Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 260, contra R$ 253 no fechamento anterior. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 290 por arroba, ante R$ 280.

Atacado

Já os preços da carne bovina ficaram estáveis no atacado. “É importante reforçar que os preços da carne não acompanham o movimento de alta do boi gordo no físico, com um movimento tímido de recuperação até o
momento. Somado a isso, precisa ser mencionada a situação dos frigoríficos exportadores, que mantém grande volume de proteína animal estocada em câmaras frias, aguardando o recredenciamento da carne bovina por parte da China, situação que até o momento não aconteceu”, disse Iglesias.

Assim, o quarto dianteiro seguiu com preço de R$ 20,40 por quilo. O quarto dianteiro ainda é precificado a R$ 13,30 por quilo, e a ponta da agulha seguiu com preço de R$ 13 por quilo.

 

Canal Rural

DEIXAR UM COMENTÁRIO

Política de moderação de comentários: A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro ou o jornalista responsável por blogs e/ou sites e portais de notícias, inclusive quanto a comentários. Portanto, o jornalista responsável por este Portal de Notícias reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal e/ou familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.
Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios