O secretário adjunto da Casa Civil, Wanderson Nogueira, preso pelo Gaeco-MT nesta quinta-feira (24/09/20) supostamente com R$ 20 mil em propina tem como principal registro em seu currículo ter atuado como contador por 23 anos da Cervejaria Ambev que tem suas revendas e distribuição em Mato Grosso controladas pelo grupo empresarial do secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho.
O secretário é conhecido, nos bastidores, como “Maurinho da Skol”.
Além da Ambev, Wanderson também ocupou cargos de confiança na gestão de Mauro Mendes à frente da Prefeitura de Cuiabá, como diretor administrativo e financeiro da Secretaria Municipal de Saúde. Também atuou na gestão do ex-governador Pedro Taques.
Wanderson revelou que é ordenador despesas de quatro pastas com status de secretaria de estado, entre elas o gabinete do governador Mauro Mendes e a pasta responsável pela transparência e combate à corrupção.
Wanderson foi o responsável por assinar contratos extravagantes, como a manutenção do gabinete do govenador que custará nada menos do que quase R$ 1 milhão por 12 meses, além de aluguéis de carros de luxo, conforme revelou.
Disputa com Grupo Petrópolis
Recentemente, o Grupo Petrópolis, principal concorrente da Ambev, anunciou que poderá encerrar as atividades em Mato Grosso porque o Governo de Mato Grosso se recusa a renovar os incentivos fiscais que recebia depois que a Justiça cancelou o benefício que o grupo recebia. A Cervejaria Petrópolis em Rondonópolis e em Várzea Grande chegou a demitir centenas de trabalhadores e atribuiu a não-renovação ao uso do governo para “jogo de mercado”.
O governador Mauro Mendes defendeu o fim dos incentivos à cervejaria que fabrica a Itaipava e chegou a citar denúncias de que o Grupo Petrópolis pagou propina ao ex-governador Silval Barbosa para obter os benefícios.
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