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Organização Criminosa: Produtores mortos tiveram nomes usados em fraude milionária em programa social de leite

Produtores já falecidos foram usados para desviar milhões de reais

A Polícia Federal (PF) finalizou uma investigação de três anos que revelou a existência de uma organização criminosa envolvida em fraudes milionárias no programa social Leite de Todos, voltado ao fornecimento de leite a famílias em situação de vulnerabilidade, em Pernambuco.

 O Esquema

  • A quadrilha utilizava empresas de fachada para fraudar contratos com o governo estadual e desviar recursos do programa, que é voltado ao fornecimento de leite a famílias em situação de vulnerabilidade.

  • Documentos falsificados de 33 produtores rurais já falecidos foram usados para justificar repasses de valores públicos.

  • Um dos casos mais graves é o de Francisco Alves de Lira, falecido em 2011, mas registrado como fornecedor de 1.500 litros de leite em 2014.

  • Além disso, o leite distribuído foi adulterado com soro de leite e dióxido de titânio, substâncias que comprometem a saúde dos consumidores.

 Prejuízo e Valores Envolvidos

  • Apenas em 2020, o prejuízo estimado foi de R$ 8,5 milhões.

  • Entre 2014 e 2020, a empresa Coopeagri, ligada ao esquema, recebeu mais de R$ 73 milhões da Secretaria de Desenvolvimento Agrário.

  • Entre 2021 e 2022, mais R$ 22 milhões foram pagos.

  • A maior parte dos recursos foi repassada ao laticínio Natural da Vaca Alimentos LTDA, em Gravatá.

 Envolvidos

A PF indiciou 40 pessoas, entre elas:

  • Empresários: Paolo Avallone (Natural da Vaca), Francisco Garcia Filho (Planus).

  • Líderes de cooperativas: Severino Pereira da Silva (presidente da Coopeagri).

  • Servidores públicos e ex-gestores estaduais envolvidos com licitações e contratos.

  • Integrantes do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), que teriam ajudado a emitir documentações falsas.

 

Crimes Apontados

Os investigados poderão responder por:

  • Desvio de verba pública

  • Estelionato

  • Corrupção

  • Obstrução à justiça

  • Falsidade ideológica

  • Crimes contra a saúde pública

  • Lavagem de dinheiro

Ações da Polícia

  • Duas operações já foram realizadas: em novembro de 2022 e junho de 2023, com prisões e buscas.

  • A Justiça determinou o encerramento de todos os contratos das empresas investigadas com o governo estadual.

 

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