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Contador de Rondonópolis é condenado a mais de 60 anos por organização criminosa e latrocínio de advogado

O contador de Rondonópolis, João Fernandes Zuffo, foi condenado a pena de 62 anos, três meses e cinco dias de prisão pelos crimes de latrocínio, organização criminosa, corrupção de menor e roubo circunstanciado. A sentença foi dada nesta terça-feira (09/05/23) pela Juíza Dra. Ana Cristina Silva Mendes.

 

O crime ocorreu em uma região de ranchos em Juscimeira em julho de 2021 e resultou na morte do advogado João Anaides Cabral Neto, morador de Rondonópolis, que foi morto dentro do banheiro com um tiro na cabeça. Várias vítimas foram mantidas reféns, entre elas seis crianças.

 

Imagem: Advogado assassinado na regiao de Jucimeira Contador de Rondonópolis é condenado a mais de 60 anos por organização criminosa e latrocínio de advogado
Advogado assassinado na região de Juscimeira – Foto: Reprodução

Segundo a decisão, o autor intelectual do crime foi Zuffo, que também tinha um rancho no local. O nome dele chegou a ser citado durante o assalto para dar a entender que ele era um dos alvos dos criminosos.

 

Um fato que chamou a atenção e que consta no documento é que o contador não estava a fim de obter vantagem financeira, e sim promoção pessoal. Uma das testemunhas afirmou que ele queria “pagar de bacana, pagar de herói (…) que era para o Zuffo ser o herói da situação; Que era para ele socorrer as vítimas (…)”.  Ainda segundo o documento, o resultado do roubo seria dividido apenas entre os coautores que teriam executado o crime, o que caracterizou o motivo fútil.

Pelo roubo circunstanciado, Zuffo recebeu a pena de 23 anos, sete meses e 10 dias de reclusão; pelo latrocínio a pena de 30 anos; pelo crime de corrupção de menor a pena de 1 ano, 10 meses e 15 dias e por organização criminosa a pena de 6 anos, nove meses e 10 dias, chegando a soma final de 62 anos, três meses e cinco dias, além do pagamento de 1426 dias-multa.

Ronair Pereira da Silva, funcionário de Zuffo que participou ativamente do crime, recebeu a pena final de 48 anos, oito meses e 15 dias, além do pagamento de 779 dias-multa.

Lucas Matheus da Silva Barreto recebeu a pena de 38 anos e 20 dias de reclusão e 426 dias-multa.

João Manoel Correa da Silva quatro anos e 10 meses de reclusão e 69 dias-multa.

Inicialmente, foi determinado o cumprimento da pena em regime fechado para Zuffo, Ronair e Lucas.

A juíza negou ainda a prisão domiciliar para o contador e o direito de recorrerem em liberdade.

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