
*(Leia com atenção o depoimento da vítima)*
Mirtes* (nome fictício) é moradora de um município da região do Araguaia, assim como muitas mulheres que vivem em um relacionamento permeado por violência doméstica, ela aceitou a relação, por questão financeira. No total, foram 12 anos de convivência e conflitos…
” Como muitos no começo, ele se mostrou carinhoso, e com um início rápido, começou a frequentar minha casa, e quando percebi estávamos morando juntos.” disse.
Mirtes, na ocasião já tinha uma filha, fruto de uma relação onde não houve nenhum tipo de violência.
Ela conta que as agressões começaram depois de anos de convivência, primeiro verbais, e então, a primeira violência física.
“Tivemos uma briga, ele me agrediu, puxou meu cabelo. Depois desse episódio tivemos uma conversa em família, com a família dele, onde ele disse que nunca mais faria isso.”
Por um tempo as agressões físicas cessaram, dando espaço para a psicológica.
“Eu botava uma maquiagem e ele dizia que eu estava fazendo isso para chamar atenção dos outros. Eu trabalho com o público, daí ele sempre inventava, que eu ficava com os meus clientes, que eu andava com eles. Sempre foi assim”, conta.
Em dado momento, quando o casal saiu da casa da mãe dele, onde por último chegaram a morar, Mirtes, agora com mais filhos, conta que a agressão física voltou.
“Compramos uma casa. No dia 26 de agosto de 2013, anos depois ele pegou no meu pescoço tentando me estrangular. Foi quando fiz a minha primeira medida protetiva.”
Segundo Mirtes, ela foi socorrida pela filha que na ocasião estava com 11 anos. Aliás, foi a filha que a convenceu a fazer a denúncia. Contudo, mesmo com a medida protetiva, a violência persistiu. Ele a seguia, ameaçava, chegando até a dar socos.
“Em todas às vezes que ele me seguiu e fez qualquer coisa eu sempre chamei a polícia” e ele me ameaçava cada vez mais … ”
A medida protetiva foi renovada em dezembro do ano passado, mas ela não impediu de uma nova agressão, dessa vez quase fatal. Ela aconteceu nesta segunda-feira, 28 de outubro, de 2024. Conforme lembra Mirtes, ele chegou até à frente da sua casa, onde a bateu com socos e chutes. Violência que foi presenciada pela neta de 1 ano.
Mirtes terá que realizar um raio-x para verificar se a costela está quebrada.
Por: Querência News/ Elisa Coelho / Neryan da Hora