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MT- Técnica de enfermagem vai a júri popular por mandar matar sargento da PM

O julgamento acontece no dia 22 de junho; homem que seria amante da acusada confessou a execução

A técnica de enfermagem Tatiane Borralho de Oliveira Silva, apontada como mandante do assassinato do sargento aposentado da Polícia Militar Noel Marques da Silva, de 53 anos, em agosto de 2020, em Cuiabá enfrentará Júri Popular neste mês. A juíza Mônica Catarina Perri Siqueira marcou para o dia 22 de junho o julgamento. Além dela, Ana Lopes Borralho, mãe de Tatiane, e Cleyton Cosme de Figueiredo Almeida também serão julgados.

O julgamento terá início às 9 horas. Segundo as investigações da Polícia Civil, houve a informação de que o sargento teria sido morto a mando da esposa Tatiane para que ela ficasse com uma herança.

Foi constatado que Tatiane e Noel tinham um relacionamento conturbado marcado por traições públicas por parte da mulher, inclusive com postagens em redes sociais exibindo outros parceiros.

Com isso, Tatiane planejou a morte do companheiro. No mês de agosto de 2020, Noel foi assassinado no portão da casa dele, com tiros na cabeça.

 

 

O caso

Investigações da Polícia Civil apontaram que Tatiane Borralho, apontada como a mandante do assassinato do seu ex-marido, o policial militar da reserva, Noel Marques da Silva, de 52 anos, planejava parar de trabalhar ao receber a pensão depois da morte do policial.

Por isso, ela teria pedido para que seu amante, Cleyton Cosme de Figueiredo, o Cleytão, matar o homem a tiros mediante recompensa. Sua mãe, Ana Lopes Borralho de Oliveira, incentivou a filha a cometer o crime. Inquérito sobre o caso foi finalizado pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nesta quinta (12).

“Quando preso o Cleyton confessou que era o executor dos disparos e delatou a viúva como mandante. Ele fala que matou a vítima porque a viúva prometeu a ele algo bom. Algo que ele, no entanto, não recebeu. Depois dos disparos ele procurou a mulher, com quem ele tinha um relacionamento amoroso e ela disse que não iria pagar porque estava sendo investigada”, esclareceu o delegado.

Conforme explicou o delegado Caio Fernando Alvares de Albuquerque, contudo, valor prometido por Tatiane a Cleyton não foi especificado durante seu interrogatório. Conforme já noticiou o RDnews , Tatiane era casada com Noel há 10 anos. Devido a problemas extraconjugais, contudo, o policial saiu de sua casa para morar com um irmão.

No dia do crime, Noel  chegava na casa do seu irmão de carro quando foi surpreendido e acabou atingido com tiros na região da cabeça, o que causou a sua morte por traumatismo crânio encefálico.

“Depois do fato a viúva se passou como uma viúva enlutada e injustamente acusada, mas logo depois ela fala tranquilamente com terceiros, inclusive com pessoas com quem ela já estava se relacionando, que ela não precisaria nem mais trabalhar porque ela já estaria com a vida fácil”, disse.

Segundo crime

Após sete meses do assassinado de Noel, o seu filho Noel Marques da Silva Júnior também foi executado com seis tiros na frente da mãe. A motivação seria as diversas cobranças do filho à polícia para elucidação do caso. Diante disso, Cleytão decidiu matar Noel Júnior como queima de arquivo.

Em depoimento prestado à Polícia, Cleyton afirmou que também planejava matar a denunciada Tatiane Borralho de Oliveira Silva, já que não teria recebido a recompensa pelo crime cometido contra o PM. O crime só não teria sido consumado porque ele foi preso antes.

Denúncia

O Ministério Público do Estado (MPE) ofereceu denúncia contra Tatiane como mandante do assassinato do ex-marido. Sua mãe, por incentivo ao crime e Cleyton pela execução do PM da reserva e o filho dele.

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