Uma pesquisa conduzida por cientistas brasileiros tem mostrado resultados promissores no diagnóstico precoce do câncer por meio da análise da cera do ouvido. O estudo é desenvolvido há dez anos por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), que apontam o material como uma fonte científica de grande valor para a detecção de doenças.
No início das investigações, a equipe conseguiu identificar indícios de diabetes e de câncer a partir das substâncias presentes na cera. Agora, os avanços revelam que o método pode ir além: detectar alterações em fases ainda mais precoces do câncer.
“Ele permite diagnosticar etapas anteriores ao câncer. Isso, com certeza, vai facilitar muito o processo de tratamento e diminuir o sofrimento dos pacientes”, afirmou o professor Nelson Antoniosi Filho, coordenador da pesquisa.
Resultados do estudo
O trabalho analisou amostras de 751 voluntários. Entre eles, 220 não apresentavam diagnóstico de doenças no momento da coleta. Em cinco desses casos, a análise da cera identificou substâncias atípicas que indicavam risco. Posteriormente, exames convencionais confirmaram a presença de câncer.
Já entre os 531 voluntários que estavam em tratamento oncológico, todos tiveram a doença detectada também pela análise da cera do ouvido, reforçando a precisão da técnica.
Perspectivas
Os pesquisadores acreditam que o método poderá, no futuro, ser incorporado como ferramenta auxiliar no diagnóstico precoce, oferecendo mais rapidez e menos invasividade em comparação com exames tradicionais.
A descoberta abre caminho para uma nova alternativa na detecção de doenças graves, com potencial de salvar vidas ao permitir o início mais rápido do tratamento., com potencial de salvar vidas ao permitir o início mais rápido do tratamento.
Querência News/Letícia Nunes
Informações e vídeo: JN