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Polícia prende bandido que sequestrou empresário e cavou cova para ele em Várzea Grande

A Gerência de Combate ao Organizado (GCCO) deflagrou na manhã desta terça-feira (06/06/23) mais uma fase da Operação Cupiditas, que apura o sequestro do empresário dono de uma Home Care, em Várzea Grande. Desta vez, um bandido foi preso por envolvimento no crime.

De acordo com a Polícia Civil, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e um de prisão, todos em Cuiabá.

Essa é a segunda fase da operação, que apura o sequestro, que ocorreu no dia 07 de maio. Na ocasião, o empresário, de 41 anos e sua esposa foram pegos pelos criminosos. O homem foi mantido em uma casa no bairro Novo Mundo, em Várzea Grande, já a mulher foi libertada, com todas informações para realizar o resgate.

Em um primeiro momento, eles cobravam R$ 300 mil. Após isso, levaram o homem para outro cativeiro e o valor do resgate aumentou para R$ 2 milhões.

Segundo o delegado Gustavo Belão, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), o crime foi planejado por Daniel Vitor Conde da Cruz, 37 anos, que morreu em confronto com a Polícia Militar. O delegado afirmou que Daniel era ex-funcionário do empresário e cooptou outros dois bandidos para sequestrar a vítima.

“O Daniel é um ex-funcionário da empresa em que a mãe do empresário é dona. Ele trabalhou na empresa por três anos e conhecia toda a rotina e o volume de valores que circulava. O objetivo era sequestrar um familiar dessa dona, com intuito de obter valores com a liberação. Foi exatamente o que ele fez, sequestrou o filho e exigiu o resgate de R$ 2 milhões”, explica o delegado.

“Os outros dois bandidos foram cooptados pelo Daniel. Não tinham envolvimento, não eram funcionários da empresa”, complementa.

A vítima ficou sob cárcere dos criminosos por dois dias. Nesse período, o homem passava por sessões de tortura psicológica e era sedado. Uma cova foi cavada como parte das torturas psicológicas. “Ele sabia que tinha uma cova ali, sendo cavada para enterrá-lo e a todo o tempo ele era mantido sedado, amarrado e amordaçado”, explica Gustavo Belão.

O empresário foi liberto do cativeiro no dia 9 de maio, após uma denúncia anônima informar sobre o sequestro. A Polícia Militar foi até o local indicado e viram Daniel parado na porta dos fundos do imóvel.

Quando ele percebeu a viatura da PM, ficou bastante nervoso. Os agentes então foram realizar a abordagem, mas o criminoso sacou um revólver calibre 32 e apontou aos militares, que reagiram. Daniel foi atingido, chegou a ser socorrido, mas morreu no Pronto Socorro de Várzea Grande.

No imóvel, os policiais encontraram o empresário com pés e mãos amarrados e uma cova que estava sendo cavada no quintal. O delegado da GCCO afirmou ainda que não acredita que o empresário seria liberto após o pagamento do resgate. Os indícios são de que ele seria morto.

“Depois que fomos ao local, a gente acredita que eles matariam sim a vítima, em razão da cova aberta. Era uma cova profunda, estava sendo cavada há alguns dias, então a gente entende que seria morta sim”, afirma.

O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.

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