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SP- PM dá seis socos e três tiros na namorada e diz que ela tentou pegar sua arma

Imagens das câmeras de segurança contradizem versão do suspeito e mostram que ele tentou fugir antes de prestar socorro

Um policial militar foi preso em flagrante por matar sua companheira, em Perus, zona norte de São Paulo, na madrugada deste domingo (03/12/23).

O soldado, de 36 anos, atirou três vezes em Erika Satelis Ferreira, de 33 anos, por volta das 3h, e a levou ao Hospital Geral de Taipas, também na zona norte, mas ela não resistiu. Veja vídeo no link https://www.instagram.com/reel/C0cIeRgpjao/?utm_source=ig_web_copy_link&igshid=MzRlODBiNWFlZA==

O crime aconteceu durante uma discussão dentro do carro da vítima, na rua Bananalzinho. Uma câmera de segurança flagrou o momento.

De acordo com informações da Polícia Militar, a corporação foi comunicada de que uma mulher deu entrada no hospital com ferimentos provocados por arma de fogo — e que o autor seria um agente da corporação.

O suspeito afirmou que, após uma discussão com Erika, ela tentou pegar sua arma e ele acabou disparando três vezes contra ela.

O PM ainda informou que, após os disparos, pegou o carro da vítima para socorrê-la.

Agressão e tiros propositais

As imagens de câmeras de segurança mostram que o agente agrediu a companheira e, depois, atirou nela. Não é possível ver Erika tentando pegar a arma do policial.

Primeiro, ela para o carro e tenta tirar o PM do banco de trás. Ele resiste, mas acaba saindo do veículo e dá seis socos na mulher. Em seguida, é possível observar dois disparos. A vítima cambaleia para o outro lado da rua, tenta se aproximar novamente do automóvel e cai no chão.

Erika Satelis tinha 33 anos
Erika Satelis tinha 33 anos REPRODUÇÃO/RECORD

O suspeito, então, entra no carro, faz um retorno e volta ao local do crime. Ele parece confuso, sem saber o que fazer.

Após cinco minutos, quando um grupo de moradores se reúne no fim da rua, o PM pega o corpo de Erika e o coloca no banco do passageiro para encaminhá-la ao hospital.

O caso foi registrado como feminicídio na 4ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) – Norte. Ao término do registro da ocorrência na delegacia, o policial foi detido e encaminhado para o presídio Romão Gomes.

 

 

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