
A população de Querência, a 912 km de Cuiabá, cresceu 105% nos últimos 12 anos, passando de 13.033 moradores, conforme o Censo de 2010, para 26.769, de acordo com o levantamento atualizado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (28). A cidade é a 6ª que mais cresceu no Brasil nos últimos anos.
Ao g1, a superintendente do IBGE em Mato Grosso, Millane Chaves da Silva, explicou que a taxa indica que o município cresceu, em média, 6,18% ao ano desde 2010 até 2022. O principal motivo da alta populacional foi a potência do agronegócio e a chegada de novas empresas.
“O aumento pode estar associado às potencialidades econômicas, avanço na agricultura tecnificada, que promove a atração de população, dada à geração de oportunidades de trabalho”, pontuou.
Querência (MT) tem mais de 26 mil habitantes, conforme o Censo 2022 — Foto: Prefeitura de Querência (MT)
Querência foi considerado como um município há 32 anos. A origem histórica da região está ligada à chegada de famílias provenientes do extremo sul brasileiro, mais especificamente do norte do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e sudoeste do Paraná, atraídas pelo solo fértil da cidade, por volta de 1986.
?Curiosidades sobre Querência:
- ? 8° maior produtor de soja do Brasil
- ? Está entre os 20 municípios mais ricos do agronegócio no país
- ? A média de morador por casa é de 3,11 pessoas
- ?️ A densidade demográfica é de 1,50 habitantes por km²
- ?Querência é um termo comum nos pampas gaúchos, cujo significado é “lar/moradia”, exatamente o que seus primeiros moradores buscavam
Aeroporto do município só foi asfaltado em 2017 — Foto: Secom-MT
‘Não tinha asfalto, não tinha nada’ ?
O prefeito Fernando Gorgen, que está no 4° mandato, contou que, há cerca de 10 anos, a cidade praticamente não tinha asfalto. À época, havia três médicos para atender toda a população e a pista do aeroporto era de terra.
“Hoje temos cerca de 20 médicos e o aeroporto é asfaltado. Era muito barro, poeira, e não tinha muitas moradias. Ninguém queria morar na lama”, pontuou.
Nos últimos anos, segundo Fernando, foram aprovados mais de 25 loteamentos para a instalação de novas empresas e moradores. Além disso, houve incentivo para grandes indústrias. “Depois de reformar, ‘vendemos’ o município para as empresas, o que potencializou a chegada de mais gente”, disse.
Chegada de novas empresas e desafios
